quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Soneto com pitadas de "Pripyat"( Poema do "Livro das Acontecências". n.375)

O semeador saiu a semear num qualquer canto
do século_______ estrada para o Silêncio,
após um som difuso de violino e urânio 
ter Derretido os relógios_________

Noé vestido em cobra-coral chama 'guacêro
pra cima dos semideuses, ninguém deu
tréla e bem na porta das cidadelas
a feira de Acari continua, com grolós
e mais reizados que o Copom assina embaixo.
Mas segue o samba-Semente: quem tem ouvidos
não desça a tirar nada de casa, monte no
porco e cascalheie Fuga, isso antes do Inverno_________

a voz do urânio ainda Chove pro mundo
o cemitério que 'inda glóra em Pripyat.


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2)**

Outro esboço sobre o poema "Insônia dos Nós", em forma-Soneto(n.374. Para o amigo Albert Caetano)

Segundo alguns o mundo foi partejado à força 
dos labirintos de Antífiles, logo após Prometeu 
decifrar os alfabetos ocultos 
no sono de gigânteas Girafas________

foi Mesmo o início da Insônia dos Nós -
que desdantão vem costurando hamurábis
na alma de tudo e todos, tributo - também 
segundo alguns - à ousadia prometéica de bulir
nos 'farnientes' das eternidades, rinocerontes 
no escuréu deles cantos entreouvidos nas costaneiras
dos templos, e tamberéim desdantão
serafins raptam virgens pra seguir o Ofício 
de parir nefilins e ninródes_________

Insônia dos Nós é Mesmo a fazícia, a demência 
que desmuda os homens em gavetas de bocarra Aberta.


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2)**

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Soneto-Erêstudo, n.3(n.373. À memória de Renato Russo. Para Jéssica Campos)

"Parece cocaína"... mas é só Crepúsculo,
mar em Desfôlhe, ficção de interlúdio 
com deuses mortos, pó de palavra 
em sanha de Tracúm desgovernado_________

trem que as escadarias desce
com a máquina do mundo Escangalhada 
e toneladas de Mofo no tear del'Aranha:
casamento de Narizinho ficará sem Vestido.

Tenho saudades do tempo em que os rios
quedavam quietos lá no Fundo das pontes 
e não chamavam Ninguém 
pra ver misteriosos carnavais... _________

um anjo forte Esbragunçou com os espelhos:
não há mais Órbitas nos palantins da Memória...

Mais Visões de São Mármaro(n.372, para Jéssica Campos)

Peregrina do tempo ela Miúda gota d'Orvalho,
lar______ do beijo derradeiro 
em todo o azul do último dia,
enquanto o vento amarrôa

seus arrastados Vestidos... todo o templo 
se encheu de fumaça, pó de ouro Baço
a sufocar os verdes e as demais caraças
das cores: corda nenhuma 
segura a queda que sempre Nasce,
qual víscera mardiçuáda atada ao Prômito
por sua vez atado à pedra mais Sísifa,
e da janela a Magra acende um cigarro... ________

o sol massacra a gota em meio ao blue
do último dia...


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2)**

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Soneto-Erêstudo, n.2("Maracangalhamente Tropicálio". n.371. Para Luciana Moraes)

O profeta emBandeira uns versos em sonho
no fundo de sua caverna-Embarcação.
São arranhões e são seios que Antônio Bento 
já Viu, no topo de elefantÁries altíssimos,

e não Só________ é fecharÁbre
de janelências sobre cardinales
e carmenmirandas abacaxantes num rito 
de atômicos maracatus, madrugarada anoitece 
e inda há Tempo pra passar na rua Bariri,
ver Lamartine dar ao Olaria seu hino - e aí
os baticuns saltereiam sobre postes em fúria 
mijando sobre cachorrões Aparvalhados__________

os versos ganham mais Pernas, Pulam pro mundo,
enquanto nele: sóis cada dia mais Nébulos.


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2)**

Aranticuário Soneto, n.7(n.370, para Luciana Moraes)

Outro morfeu senta à janela-Esquerda 
e nele céu cresce Outro rosto com ouros
de cós-Vadios: a cada dia um deus Morre
nelas velhices do Tempo__________

garibaldo num tem cavalo entre arranhões 
de marimbondos-Enxú, sol-Cambóta abandonado 
ao saque de nuvens Plúmbeas, na barrancêra
vejo Ogarãs escrevinhando letrários pra moça
à espera no jardim das Asperíades, mote
igual aos relatórios do Copom: o coração numeroso
é bom que não torne em casa a apanhar guarda 
chuva, ele Amarildo NÃO voltará, jamais

Nunca________dia-Foi: quéde teus seios,
ó Camparinas de noite escura e sem Lua??


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2)**

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Soneto-Erêstudo, n.1(n.369. Para Luciana Moraes, e Adeivan Ferreira)

À mesa - com fagotes e o Mais -
o copo Cheio esGara o próximo transbordo
e sóis lá fora d'Epifanias: chope
das terras do Rei, vultos d'hômines antigos,

esfinges da primeira estrada de ferro________ hoje
sem muros brancos nem cavalos azuis
(inclusive na sala do antigo Presbitério
musgos sentam na primeira cadeira de pernas Abertas,

sem ajeitar o espartilho). Felizmente ao Poema
esqueceram de explodir as pernas quando 
rancaram-lhe asas, inda haverá nas estradas 
risadas de raparigas, antes que os demônios 

acordem_________ à mesa com mundos-Sóis,
o Evangelista pede o próximo Chope.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Soneto, n.368(Grão-de-Arcabuz, n.2. À memória de Cruz e Sousa. Dedicado a Caleb Baltazar)

O sol desfaz no meu céu o caminho 
da moura a recolher da corda a rouparia, 
estrelaDeiras que a pouco e pouco arrefecem,
como os b-29 desfizeram Dresden.

Escuto as dormideiras falarem que mataram 
a antiga namorada da Lua, era a menina 
que afagava espelhos num beco Escuriscente
e não sabia que morrer era bater em latas,

transparecendo Carmim com estampas de Poente 
no regaço... não há mais "dia" entre as 
moedas de troca, falharam águas Frias
por sobre as testas em Febre_________

sol Desfez o caminho. O menino Dorme,
entre os "incensos dos turíbulos das Aras"...

Soneto, n.367(Grão-de-Arcabuz, n.1, dedicado a Caleb Baltazar)

Cibório deambular à luzes Raras
marcha sobre a largura da terra
após a interdição do rio Eufrates,
estralanDando os chicotes sobre monstrengos

com cabeleira de Mulher_______ eu Mesmo,
e - Feério - fui trancar todas as Portas
de empós os bronzes-Canudos terem
mijado nas calças, e o som que havia
era o de vidros Partidos...
não há mais cózes d'areias
pra carregar as ampulhetas do Tempo,
não verei elas plantas Crescerem__________

e Aliás, ó Tu - esboço à cavaleiro-Inacabado:
que rosas fugitivas sempre me Foste!


**(OBS: Construído segundo a forma 4/8/2)**

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Soneto Oblônguio( Arrastapé Suçuarano. N.366. Para Luciana Moraes, e Jéssica Campos)

Entre el'Árvore e seus filhíns abricós -
baticuns a ancorar dentro Amanhãs -
há  todo um Ruancéu d'oriente, poema em transe
na areia, flórias de porto Alvadío__________

entr'arranhões de derradeiras abelhas
um braço brandindo gládios corre à cata
d'um Corpo: sem mais casacas nos salões
do vice-rey. Há noites cujo regalo majór
conSíste no escrever com sangre em cada rosto
de muro que Deus é mesmo Intervalo 
entre os confins d'Oceano e el'âncora
que se levanta no cais______ naus caminhando 

dentro dos troncos das árvores: nelas Sementes 
baticuns d'Amanharãs e HorizÔnteres!


**(OBS: Construído segundo a forma 4/8/2)**

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Soneto Eresfíngeo(Em forma de catira batida. N.365. Para Bárbara Rodrigues)

Manhã dela chuva. Apagam-se
as luzes da igreja, não tem curimba,
Velho Ferges pode amenrígene
manguar uns sonos, pássaros-Esconderijo.

Manhã se amôura sobre arcabouços
de barcaças Naufrágeas, sem mãos-donzelas
e sem bronzes de castelos medievais,
embirramento dos santos a dizeeer

que há Muito se acabaram os homens,
mócha mais derradeira dos girassóis -
nunca mais AMARELO!! - esgalga eresfinge
cujas mãos Candonguereiam Segredo__________

insônia de Salomé numa bandeja de Prata,
grandes Naves da catedral Submergida...

Soneto, n.364(À memória de Ana Cristina Cesar. Para Bárbara Rodrigues)

O motor do mundo AvalÂncha:
crescerÊram nas vias férreas delas pessoas 
ervas com músculos e mais Viços daninhosos,
a lâmpada do templo baloçourou e...

caiiiu pelas vértebras de los telhados tal como
um esboço de criança à beira do Tempo 
contempla o próprio esqueleto... sim,
o zé-Bedel do Capeta vem com sinetas
e a peixeiRêira pra descabeçar Jão Batista,
e também Joseph K. - apesar que ele foi Deglutido 
sem nunca a ninguém ter feito RANÇO,
carma de Ibós e más Candrácitas Fúneres__________

a alta lâmpada do templo Amunhecou,
'spatifou pelas jerebas da Hora...


**(OBS: Escrito segundo a forma 4/8/2)**

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Soneto Imbó-Bricológeo(n.363. À memória de Heitor Villa-Lobos. Escrito ouvindo o "Finale" de sua Quarta Sinfonia. Para Meire Ellem)

A tijuquêra peguenta da estrada 
onde aurora remelenteia e se 'turda:
tchoque-tchotchÓque imanesCendo pro dia
surgir que nem piranha 'bocanhanrando o dedím

do piá... Vida, que se ajeita na rede
(mas Isquéce de chamar vosmicê...) -
enquanto morte e o Planalto 
encreeespam a crina do animal 

que é VASSUNCÊ nas ancas do trem
dela central do brasil_____ você magunço
num trempe de doze horas é mór-sardinha,
cachorro corrido e jégue de má-Cangalha________

a tijuquêra peguenta da estrada é MESMO
o cabo mais Descabido deste mundo.

Soneto-Improviso de Terça-Gorda(n.362, com 1 verso de Estrambote. Para o Marcelo Reis de Mello, guerreiro-Maracanã)

Hoje que inda é terça-Gorda carnavalê
um puro sentimento de felicidade 
é mais caraço que elas jóias do cabral -
aquelas compradas com troco

de bala halls_______ o povoréu-Absurdo
vai Tudo ver Cururú 'rrotar no perau mais
FUNDOOO, uns passando a mão por entre as bundas
dos outros, toda nudez aqui FranciscanÊa 
e não é Deus quem Chibáta, são deputados 
muitos dos quais se dizem seus Contadores
com dólares Claro - nela cueca e no cú -
sepulcros malCaraiados como disse Ele, o

Hóspede________ menos Rigor haverá pra Sodoma
NAQUELE DIA do que prÊles 600 Picaretas

de Brasília!!!!


**(OBS: Construído segundo a fórmula 4/8/2)**

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Soneto em esboço de Sépia(n.361. Para Meire Ellem)

Chove outro rosto de ouros Bacíos
e naus de velas recolheridas... e para Quê
pendões se a cinza faz Rancharéu
sobre trigo - não mais sorrindo no poente...

um deus me fala sobre a Velhice do tempo -
quando chovia na quinta e eram musgos
de lugares-Outono, depois o sol vinha bailar
entre as crianças e os pianos(há Rastros
que mostram serem jardináceos d'Outrora)...
ainda fúngeos de Chão são núvias
de esponsais cancelados, há rubros Fins
e o não haver mais Remos pelos quartos

do Sonho_________ chove Outro rosto?
Passou - sem vés-de-Naus e sem Quandos...


**(OBS: Construído segundo o modelo 4/8/2)**

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Soneto-Estudo(n.360)

A casa antiga, caiada -
um pé-de-Flô na porta 
de pé-Alto(seiscentos dedos).
Um Todo, longe do mundéu Grande_________

antiga a casa assim como a Tartária,
e a gente dela bate roupa pra lavar
no rio - à volta há manga-rosa,
jambo, carambola e o mais é

pé dela laranja-lima, herança 
do último barão conhecido.
A casa existe bem desdÊsse tempo,
corpo protetor que guarda a menina grande_______

por cima uns anjos calça-larga com saxofones
não se cansam das Recorrentes auroras.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Aranticuário Soneto, n.6(n.359)

Ó largos campos já cinzentos de Noite,
quéde teus seios de Lua? Teus quizaBrúns
de entardício que era o Regalo
dos cavalÕes Migradores que erém-Voavam

com orquídeas e com pianos nelas cacundas?
Hoje o que vejo é sempre o mesmo tempo 
pleno de FOI, desespelhado, velho morfeu
que inda à janela se senta, pensando os fumos

que Pérfiros perfumam de Ócio os salões...
há corvos sendo fecundos
no trigo da cinza do Poente,
mar sem Mais, apenas batendo na areia__________

a Mesma, onde ele-Oscar, há Muito
não risca mais projeto Nenhum.

Soneto efó-GereNário(n.358)

Na cinza do grão-Poente há carnaubais
gereNários, nos cimos pingando azuis
também se ouve - Pássaro - aquele canto
de tez mais Vaga_______ as naus

ao porto medieval tendo no entanto 
largado no mar Interminável os 'fós-de-Alma,
as horas sem teÚbas e sem flúido de Auréola,
silêncio guardado sobre doze Tons
e sobre Nada, daí a surpresa da noite 
açambarcando o Tótuum do granadeiro, ele -
menino de sua mãe e que jaz Morto -
arrefecendo como no Fim toda ela vida

Adelgaça... na cinza do grão-Poente_________
ele-Nada_____ parOnde o que foi vida Esvoaça...


*(OBS: Construído segundo a fórmula 4/8/2)*

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Aranticuário Soneto, n.5(n.357. Para Leonardo Marona, em seu aniversário!)

Nas praças vindouras HaveranZá
carnaraÚbas da Bahia-Minas -
pon - ta de - la - a - reei - a, poon - tooo
fi - naaal??________ fanfarras RirãO

ao som dos violinOfoNes
o coraÇão mais longÍnquo das metafÍsicas
perdidas nos lavaBos dos cafÉs,
porque a luz armou Ita pros cambaÚs
do ser-Nunca - momento de se penSar
que o seiXo que derRancou Golias
é o mais Insano carnavRal 'maginAdo,
e os homens não mais verÃo Deus
pelos farÓis de casas Eresquecidas_________

não havendo pela travessa encontrada
o nÚmero da porta que me Deram...


*(OBS: Soneto construído segundo a fórmula 4/8/2)**

Aranticuário Soneto, n.4(n.356. Para Luciana Moraes)

Meu coração: lugar Ilógico e plebeu,
mas Há sol nas praças, e todo dia 
é dia de Acalantar Luciana, enquanto 
o velho Ferges leva o rebanho de tubas

pra Beberar nos igarapés. Eu fui criÔnça
minha vida Inteira, acho que por Isto
inda estou vivo, torcendo(e Muito)
pra saudade ficar mais Incrédula________
como ela flor que por milagre encontrasse
bem-Querência no asfalto,
amedrontando com isso os Caperêtas
e os latrinFúndios Cinzêntiuns___________

porque inda HÁ SOL nelas praças,
e os Éolos sopram Vida pra Frente.


*(OBS: construído segundo a fórmula 4/8/2)*

Aranticuário Soneto, n.3(n.355. Para Hugo Stutz)

Janelas em par, encostadas
por causa dum calor 
que já não Faz. Prodígios de Hora
isso de as naus Partirem

deixando os Sonhos no chão. As flores 
são móres-cristais partidos em mil,
deuses fazem sinais detrás delas nuvens,
desfolham as louras Graças do homem,
nascidas no fogo de Prometeu. 
Correm pelo céu grandes fachos
alimentando o motor das Rãs,
por Toda parte o som DÓI____________

sou aquele minino de olho Compriiido
no veloCípe do minino vizinho.


(*OBS: soneto construído segundo a fórmula 4/8/2)*

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Soneto-Estudo(n.354)

Ruarê geremário em Jacarepaguá.
Indora há pouco arremeteu seishóra.
No Zaccaria tem credos, kyrieleissões,
nenhum fúcsio de jazz no harmônio.

A grã-Confusa perersistência geriátria
das oito ou nove senhoras
que sempre vão pedir pelos Outros -
mistério entre elas pálpebras descidas__________

Na rua há mesmo um mór-suor
de sol Vago, há corcorotes maquirilados
da Chuva que à noite vém, Roncórios
onde também a bateria da Portela 

trombonará_______ vai dar trabalho pro Ferges
quando voltar de bicicleta pela grajaú.

Aranticuário Soneto, n.2(n.353. Para o amigo Caleb)

Quando eles deuses forem crepúsculos-Ferro
e os cântaros despetalarem nas fontes________
braços outrora fortes se erguerem
à voz das primeiras aves_________

não mais o rubro dos oboés
rirá nas primeiras Coisas e o dono da tabacaria
terá morrido há milênios. Fechou-se por dentro 
a porta da Arca, há fumarácia e fuligem
nos corredores das casas, declínio em Sépia
que sete bruxas dançando a Roda
não mexerão na ampulheta das esferas.
Que vês nessas águas, filho do homem?__________

eu deito-me, pra trás na cadeira.
E(como é Certo!) continuo fumando. 


**OBS: (Proposta de novo visual estrófico, no formato 4/8/2. Bora ver se Cola.)

Aranticuário Soneto, n.1(n.352. Para o amigo Caleb)

Cai a noite, lonGe dos poRtos.
No cimO dos veladores apagaram canDeias,
as cinco virgens sÃo Outros olhos
fitando as nauS tão para Lá do ser-Nunca...

Um todo-Longe às fÔrmas deL'árvores -
não há tambÉm janelas que as Vejam -
mundo para além dos vitrais entremostram
abutres e fígados Mastigarados...

Escadas dando para o mar Inatingível,
começo a ler os Outonos pelo eresFólio
de galeões tão Órfãos dos carnavais
quando ninguém Sabia a direção de Manhattan___________

Ai, essas mãos... tão magras
desses meus dedos Ausêntereis...

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Soneto-Estudo(n.351. Para a amiga Jessica Campos)

Entonces: drumÍngo Evém, manhanÊa
e o santo na estEira de palHa volta com alMa
pela peDra do sono_______ na cara o Susto 
de quem soNhou com drones falantEs

e trinta elefantes AltíssimoS, e estavam 
no pináculo do Templo cantando de jurInãs
ao laDo de horRíveis gÁrgulaS______ e a morte 
e os desertos da terra os Seguiam_________

São Mármaro faz braços de cruz por liStas
de sooons gritarando KyriEs:
_____"Arréééda IngÓ-Satanás com seus bregUês
de orquidáceas venÉreas!!___________

Os Três inda 'manhecem no Cacundéu, no espinhaço,
inda que Véééio este planeta-navio..."

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Soneto-Estudo(n.350. À memória de Ana Cristina César. Para a amiga Jéssica Campos)

               "...neste interlúnio,
               sou coisa ou poeta."(Ana C.)

Neste interlúnio del'Ana
eu tenho medo, de Mim_______ a cor
morrêêêu, vem d'Outro tempo
a luz que 'luminíada,

inda teimosa, mas já crescente 
na Treva... onde é plantado o mei'-dia
flores não cantam, e se
sou coisa ou poeta Inimporta, é tudo 

cruz que andaranda a cidade sem cinco pães
e sem Olhos - nos ocerÂnios
são galeões digeridRos
tudo que Resta__________

neste interlúnio del'Ana eu não sou mais
nem Isto: não sou poeta, nem -(sequer) - coisa.

Soneto, n.349(À memória de Mário de Sá-Carneiro)

Eu vi pensórIas sobre argamassas de terra,
vi tromborOnes pelo canCéu de entre-nuvens,
rabugeNs de todo um janÊro
regado a chuva_________

e para que tanto segredo, meu Deus,
no destinÊ de uma vida... pois sóis -
indifereNtes - Ardem - mesmo
que faltem olhos nelas janelas perdidAs...

procuro um Rosto______ erÊs-cambonos
transtornam resmas de galeÕes digeridos,
bizâncios-Alma de mãos finadas
sobre cetins... tudo já Foi_________

morreu Cor: desespelhadas, desertas
as salas-grÃs do castelo...

Soneto, n.348(Para a amiga Jéssica Campos)

Neste intermédio de nuverÊnias
e sóis que mal adentram reFrinchas
vida 'manhÉce, mas é
balouço à beira dum Poço

e quase à morte um petiz... em cambalhotas 
é mEu 'sfrangalho de vida que 'inda faZ
número_________ meus ereXins
rasbicavaNdo às Loucas um mundaú

que é passaredo Espantado, o bicho-Hômi
aí Vem e o resultado 
é Chusma de leões sem juba... congádRias
das últimas quatorze Tróias________

ossanHas maus no Achurêio, relógios________
com gente DerretenDrendo em cima.