sábado, 29 de dezembro de 2018

Soneto, n.452(Para Caleb Baltazar. Forma Paulo Henriques Britto)

Era uma VÊz um quadro do Ismael Nery
com ceeem cabeças Decotadas_______ da janela 

a LÂmina virá Saudar os aviões de chumBÊO
à deriva no quArto - fechaduras se entopem 
com girasSÓis que eram Eternos antes do homem,

mundo seguiu sem apanhar a Cor do Tempo.
A praça Sabe a todos os SÓis que nunca mais 
beberemos, lÁ de Brasília anda um tranSÍTIO
regido pelo Dragão da Maldade________

além de Estas asas não despertaram leopardos 
o santo guerReiro anda faltÂndo ao trabalho,
há manchas de Cárie nos cigarROs,

há terra-LÂmina ligando todos os pecadores 
na hora de nossa Morte amÉM.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Soneto, n.451(Forma Paulo Henriques Britto)

Seguir gostando de São Paulo mesmo 
que ele Também Gostasse de meninos 

é Sombra de árvore Libertadora,
não mudam as vozes da humanidade 
nem o eis que Venho sobre as nuvens,

tempo que Germina sob as asas do mei' dia -
mas povo e púlpitos andam 'squecidos
de que a CASA de Deus não se ergue 
com os tijolos dos jornais de domingo:

porque, PORQUÊ votaram no dezessete as viúvas,
os órfãos, a despeito de Todos os sinais que
desde o Egito lhes Fiz?? Este povo 

é povo de fogo nos rojões e pistolas 
e SAL nas flores que tinham escapado.

FornÔvo Dois(Outra versão soneto. n.450)

Chove? Cai o enXÓvlio da tarde sobre as
esteiras, tristeza de cinquenta violoncelos.
Na ante-sala há o retrato do aVÔ,
varejo pras continÊncias,

íncubos-Mor embrulhados nas Lápides:
"e o vento vai levando Tudo Embora..."_________
mataram TancrÊdo na rua das CaraloPÉmias,
e o Brasil dos poetas foi de novo jogado

às Traças - chorai, porque morreu XamBÚ,
resto é BOI, descomedido
na Enchente_______ EU
(nos bem quarenta graus de minha Febre),

e os homens: bem NÊle-enXÓvlio, Carapetão do
"sol da Tarde que u'a janela perdida Refletiu..."

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Soneto, n.449(Forma Paulo Henriques Britto. Para Caleb Baltazar)

Alorufás de esperanto não terÃo pernas
contra as bandeiras e entradas 

dos lenços adeuses presentinhos
que a primavera IncandÊIA
quando vai embora, Embóóra

pra Mais de METRO______ direi:
calor enxovalhÔU a canção ainda antes 
que chegasSE às bocas, planetas colidem
como se ainda esperasSem o guarda_______

um dia conhecÍ na Gávea mulher-MarrÍ
que me apresentou a febre das praças Tristes
(e Nunca Mais sifÕes de fumaça),________

eVÔE Iara-Mãe grã-Sereia, baila
em vãos-de-festa a Tempestade!

domingo, 9 de dezembro de 2018

Soneto, n.448(Forma P.H.B., para Nathália Pessôa)

De Entonces: quem por Último passar
a porta Feche, e a chave por favor 

jogue Fora________ 
entre dois acordes Igualmente Surdos
está o Último retrato do Velho,

seu sorriso de avÔ nunca mais 
vai fazer gente trabalhar. A lampadosa
responsável pelas mandingas se QuebroLHOU junto
à fonte, comprada no turco a prestações.

Ônibus freiam na confluÊncia dos caules 
sob prédios que derreterÃO quando a farpela
do FIM do mundo vier da lavanderÍA________

as ruas, elas não mais ChoverÃO
o encontro de nossos PÉS.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

EsboçORÓ de Resposta(Soneto, n.447. Forma P.H.B. Para Tifany Fiks)

Então, senhora, OK...deixa
eu tentar de novo_______ caminhando 

contra o vento estamos Todos, porque 
à Solta estÃO de novo no Brasil 
os boitaTÁS e crupIÊs da força Bruta:

pra ocupar sem tanques o Alvorada 
venderam Ódio temperado em Ópio
ao povo cujo brado retumbante 
foi OFEEENSA aos próprios JÉgues na ca'tinga:

(porque)voltamos ao abril de meia-quÁtro
ou(bem)Pior, ao 13 de dezembro, 68,
quando o sol foi repartido em crimes,

espaçonaves, guerrilhas...e...TODO um povo
foi À PÉ pro BeleLÉU.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

ModinharÂndia(Soneto, n.446. Forma P.H.B., dedicado a Tifany Fiks)

Caminhando contra o Vento
as onças pardas À

escuridão do mei'dia... púlpitos 'magrÉcem
fÔrmas, SEM litania dos Perdões:
a gente se encosta nos outros 

parecendo o padre
que fala do Inferno 
sem NÚnca ter ido
LÁ__________

casa Kosmos contiNUa
sem impermeáveis em liquidação...
ouvido que apura os ZÚmbios

das cardinales buNÍtas
que mundo ParÔÔu de repente...

Soneto ElegiÁrio(n.445, forma P.H.B., para Caleb Baltazar)

É nôôôite_______
Moisés acaba de contar os últimos 

triLHIÊs, subida Esvoaça, a Cova
é o cume de Pisga - apesar da ausência 
de nefilÍns do lado SombrÍo não haverá 

bandeirada de açús-FesTÊjo,
fim é tantra e SEM gozo
porque um Outro irÁ com o povo entrar 
na Terra: o... SÍndico, DÓno da bola, 'O'

Arquiteto, irÁ - InamoVÍvel(é nÔÔÔite...)
colhÊR do grão-Moisés o corpo, a alma 
por mau exÉmplo em Meribá - caso da PEDRA -__________

a GÓrnia canta as sílabas - 'PAHÉÊY(meu) povo! -
bandeiras à meio pau nos FUÇUÊÊS do jordão...

Soneto, n.444(Forma P.H.B., dedicado a Nathalia Pessôa)

No breu das mais SÔmbreas maquiNITUdes
o bicho-hômi muito dificilmente 

vai terminar suas PÊias no acorde
de Dó Maior como Villa-Lobos pregava nas
últimas obras________ plácido remanSÊ

de Chegada. Mas heróis se afogam em prÚDuas
de ácida partita da Chuva, todos os sóis
empalidecem primeiro os gramofones,
depois a fornalha EstraLÉce com os ossos

da costela partida da bailarina e o riso feito em
sanguÊÊira do palhaço mais Pau-da-FÓme,
deu no jornal que os anjos de clarineta

se ESBAFORÍÍRAM_______ por fim no FINÁÁL
descadeiraram as calçadas...

sábado, 1 de dezembro de 2018

Soneto, n.443(Forma P.H.B. À memória dele Amarildo)

O quadro nela parede tem ruas acesas,
magote de pernas sob apressado semáforo:

sinto o Cheiro que a chuva arRÁsta feito correntes -
mundo de carroÇÕes sem janelas,
minucioso em escondRÊR montanhas 

embaixo da cama_______ 
novas teerÃS fazem engasgar radiÓlas
mas nem tudo são galeÕES digeridos
nos porõezÕES do TriÂngulo________

inda HÁ Candeia de árvores nos cavaletes
e o Mar devolve a teus pés rosas de areia,
pode CRER, vem no diário oficial_________

junto da Virgem João Grilo chora a CuÍca:
traz Amarildo VINgado, tri-RediVIVO.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Soneto, n.442(Forma P.H.B. Para Caleb Baltazar)

NoitÁcia dentÚÇA escorre das venezianas,
trem desembÉsta sem AloruFÁs e

esperantos, violas
de Más-marRÍs e por sobre tudo o 
pulso, NU__________

mar quando se Aprende a profundura
a gente veste o Respeito
e Entende porque as praças estão mais Tristes,
luar sem conhaque e sem Dois

na Bossa: mundo fuma o cigarro 
que a tarde canta nos Ossos,
ponta da baionÊta é PoligLÓta_______

a flor que eu Quis pros cabelos 
no meu coração EsconDÍ.

Soneto, n.441(Forma Paulo Henriques Britto)

Porque não Mais espero retÔrno
aos imeRÊneos florÍs dela infÂncia

a neblina da manhã retira as calças,
desce lá do Sinai como o profeta -
NU com as tábuas quebrÁdas________

por cinco ziguizirês de encorNÓpios
o vento espalhou sementes pra Além 
do que gostarÍamos - erÍnias lampRÉiam
restos de nossas SOmbras,

gente anteVÊ cabrundós do samba 
atraveSSado por uma faca,
quÉÉde Amarildo?? O infinito 

jaz de Inominado 
gol-Cooontra.

Toada em forma de Soneto(n.440, forma Paulo Henriques Britto)

Mundo fuma o cigarro da tarde
na quase-Noite que põe girafas

nos socaVÕEs das esquinas, dentes de foice 
à Mostra________ rosto d'Armagedons
já quase maduros de Tudo,

viajaram muito, tÊm dez mil anos como
o Raul e dálias gigantes que se desfolham
cada vez que toca o hino nacional,
às vezes têm pés de piano_________

caÍu caÍu a cidade das prateleiras do cÉu,
roubaram as muletas que ultimamente 
auroras usavam pra se levantar,

carnavais se esmiLÍNguem
em chúúúva de cajÁs Atômicos.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Estudo pruma SombrÚra(Soneto, n.439, forma Paulo Henriques Britto. Para Sarah)

ChuvoÃO lá fora, trovoada, friÚme,
escuridÊncia por Tudo

em Roda______ num tem luar 
pra chamar conhaque e nem
pássaros juntando conchas.

Anjos de clarineta fugiram pros
socaVÕEs, beirais pelos telhados se Enchem
ver arteRÉria de boi cortáááda 
pela estrada de ferro,

cavalos vermelhos descem da cabeça 
do céu, e primeiro empalidecem os
gramofones, álbum do Crime se Abre,

à sombra das guilhotinas: último anjo
apaga a luz, fecha a porta.

PoemHostil(versão soneto, n.438, forma Paulo Henriques Britto. Pra Luciana Moraes, Luzinha)

São Mármaro - profeta da pátria-Mor de
minha Loucura - não carecÊU cavucar as nuvens 

pra ver repiniques porem fogo aos trombones
da bateria da Portela_______ des' pelo menos 6/8/1945
não se Repensam planetas na Cidade dos homens,

e desdAÍ curumÍns nascem do AvÊSSo
e com febre de dinamite, vento faz CarretÊIo 
levando sons de RequiÊns nas lapelas,
governos confiscam escadas 

unicamente pro refesbÓrio dos dólares e
o estÚrro dos minotauros, tudo embrulhado 
dá o seguinte JuÍzo_________

no monumento Afinal se descobre QUEM era
ela musa-anÔnima, era... a mulher de LÓ.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

O Vira(Variação com Corvos no título. Versão soneto, n.437, forma Paulo Henriques Britto. Para Sarah Valle)

Em casa, lua
sem Chapéu. Fugiu a paz

das naves religiosas com dentes 
e milhares de reais na MÁla -
seu dotÔ juiz diSSe que era normal -

Belo Monte estrÁla de curumins maSSacrÁdos
e o despautÉrio encrÉspa a crina
dos cavaLins_______ "volte amanhã" -
diz a Vida - com debique

de funcioNÁrio que desistÍU
de ver Flor no asfalto às cinco da tarde -
noite desce Mais

CEDO, igual boi Solitário 
frente à torre de petróleo.

ElegiÁÁ pro quinze de novembro(Soneto, n.436, forma Paulo Henriques Britto. À memória de Dom Pedro II)

I) ProloGUÊ

Era uma vez todo mundo, passando 
no bonde lotado de pernas e

sem direito a conhaque. Cós da calça mostrava
um relógio DerretidÃO ver catalÃo BiruTÊ
que mesmo AsSim dava oito horas da manhã

e acordes fora do EX-quadro, faltando um dia,
HUM, pra eu matar o meu amor
às cinco horas na avenida central, mas
oÓH! - as pessoas na sala de jantar!!...

II) KuaruPÓ

Lá embaixo os Quintos, e pÁSsaro
de quatro folhas_______ todo novembro quinze 
vão capeTÕEs MacaNÚdos na jaula do

marechal - 'quÊle filhodaputa mÊsmo -
que apUnhaloU nas Costas o Imperador.

Relatório de maio(versão soneto, n.435, forma Paulo Henriques Britto)

Não há películas de vidro que MusculÊjem efÓs,
rosáceas de mais falarem as

línguas dos homens_______ faltam janelas,
futÚns de faca invadem as Rodas
e sempre o Mar realça como nenhum cinema

a insÔnia que pelos dedos EscÓrre. Sobram
películas de más-MulÊnciAs
quando a montagem não explica a imagem
e pior, PIOR: poucos se tocam

que perderam o milagre, astronautas Nus
e meios-fios dentados, som dos shoppings
é Mar sem margens e de mãos Digeridas

o efÓ de não MAIS sol, nem jornalÍcies
e Amarildo continua Sumido...

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

GrenÓÓrdia, n.1(versão soneto, n.434, forma Paulo Henriques Britto)

Mundo tardêia Amarelo, ver trens sonolentos -
dedos sujos de nicotina e ferro,

na mente os horários com menos cabides
praquÉla faixa de Povo que teimosamente 
não se conforma em morrer.

Tem gente inda com fome que o
ar condicionado dos trens não consegue esconder,
grajÊIa o mundo e as asas de corvo
são também de nicotina e ferro

pensando no carnaval, lá fora NilÓpolis
passa correndo: esconde as carÁças
nos sovaCÕES com treva até o Talo________

minh'alma Velha perigosamente 
é poste Mijando nos pÊrros.

LitanirÍnha, para harmônio e geolho(versão soneto, n.433, forma Paulo Henriques Britto)

Domingo seis horas, rubro cinzento por
toda mão da geremário dantas.

Sino do Zaccaria volta de longe -
traz duas oliveiras e a chave 
pro filho pródigo.

Na capela um sacerdote 'tÊia fogo
ao cordeLÉU Encantado, grupo de avÓs de alunos 
exuma a Ave Maria de Villa-Lobos_______
na porta seu Ferges do pÃo pÁra a carroça,

reza a prece humilde pros Três
que anjos Aplaudirão: "nós cada dia zé-Estamos
mais vestinZÍndo alfabetos, no entanto 

MAL tateamos
nossos vÉros-Nomes".

PoemodrÔmio(versão soneto, n.432, forma Paulo Henriques Britto)

No meu subúrbio Haja chÂncas
pra rebater este EmPÁche dos quarenta graus 

da minha febre...______ cor do FRIO
com mais unhas que ArrANham enquanto 
passa ele-EntÊRro, na boléia um coro de

mariposas CarpiDÊia_______ corpo no cavalete
não recrÍa a guerra do Paraguai nem acha
as VÍsceras do Amarildo: jambalÃO dos morcegos 
inda mais Mortos mei'-dia_______

inadiÂNTA eu ser o Nijinsky, mar
devolve 'a teus Pés' rosas de areia,
último anjo farRÚsca seu cálice no ar________

o Brasil inda é o país do futuro(mas levou
DÉCADAS pra vir no diário oficial).

Pulando Carniça(versão soneto, n.431, forma Paulo Henriques Britto)

Chegou um tempo Absurdo
nos ombrulhões de novembro_________

lá do Planalto vem ordem para aumentar 
o número de abutres sobre o fígado 
de Prometeu_______ mamãe mandou plantar

mais chifres na cabeça de cavalo,
ali na esquina ouço a trompa da caçada
às sereias, periga a gente não ver a lua
chamando conhaques - uma e outro Varridos -

saída será o contrabando das flores 
pra fora do país: vai meu irmão 
pega esse avião do jeito que FOR, guarda Bem

essas flores________ dentro dos olhos,
dos bolsos, nas janelas do crânio.

Estudo em forma de minueto(versão soneto, n.430)

Anunciada pela Escritura, a criÂnça
empina um papagaio mineral
que tem os olhos do arco-íris.
Na casa à janela a ama aSSenta na

carta chegada do Crato duas colheres de fermento:
torres brotam da terra, pásSaros sobem por ela
e vão buscar água no ItoroRÓ
mais Looonge________ panos d'ArRÁs

forram demÔnios, mas sem baÍnha pras espadas 
(a Virgem lhes confiscou),
os pásSaros depois fazem homens
que dão as Costas ao arranha-céu__________

semenTÊira: saudade pela primeira vez 
sai à procura de trabalho.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Soneto, n.429(Forma 4/8/2. Ainda à memória dele Amarildo. Para Luzinha)

No jardim das rosas arde asfalto Inominado -
um medo encontra Outro e
dão-Se os pés, num gatogrÁfio muzumprÊto
de ver Cacto quando a Tragédia pÔs a

pica sobre a mesa e num zás-trás! 
fumou os anjos sem maromba e 
fitro branco________dizei-Me,
há COMO não ouvir da tempestade 
o carrilhÃo Maldito dos trombones??
Não há não há talvez mais Nada além 
do Cacto, porque na estrada pro Planalto 
um javali bolsonariza o nome "Sísifo"

a TODO mucundó verdamarelo: e
hoje eu nem falei nele Amarildo Ainda...

domingo, 21 de outubro de 2018

BaganÁcias da Chuva(Soneto, n.428, com um verso de Estrambote no primeiro quarteto)

Ossário largandarÁdo às baganÁcias
da Chuva_______ quem por Último se escafedÊr
que a luz Apague,
não tem mais no estoque as luminÁrias
um dia compradas no turco a Prestações.

Abôio de prÓxima chuvÊra braba: você 
recusa o forde da fazenda na tijuquÊra
peganhÊnta da estrada, o mar aprende
que é demais Abandono enquanto os anjos

se escondem num lugar ALtíssimo.
Na passarÁgem do rio vinha Matias 
cujo nome é Pedro também chamado 
Hilquias que nos gramachos achou de novo 

o livro da Lei_______ não mais em Nuvens 
o encontro de nossos Pés.

sábado, 22 de setembro de 2018

Soneto ao Sol(soneto n.427. À memória de Renato Russo. Para Ullisses Areias e Caleb Baltazar)

"Quando o sol bater na janela do teu quarto/
lembra e VÊ - o caminho é UM SÓ."(Renato Russo)

Quando o sol bater Cabeça na janela
do teu quarto, é Bom que ele te Apanhe
antes do gargalÊo das erínias - cujas guitarras
fu - be - ca - rÃo tuas retinas com luzes

de Nagasaki________ não haverão mais
sete faces no espelho nem 'pojaturas
dos instintos Dissonantes: filhos chegados ao
parto e não há força para vê-los

NASCER. Porque não sabes se a Cúpula dos dias
se Armou de guarda-chuvas Suficientes é que
tu deves SIM bater cabeça junto ao sol
quando ele entrar pela janela do teu

quarto_________ porque NÃO SABES tu derÊstes sóis 
o Quanto deles Inda terás que Sofrer.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Cançona Górnia(Soneto, n.426. Para Luzinha...)

"Mestre, diz-Nos quando sucederão estas cousas..."(Mateus, cap.24, início)

A gÓrna canta os últimos tiJolos:
içÁs estalam ao redor no ar primaveril,
trilhos do Largo esvoaçAnDo apontam bondes,
canaviÁIS que não Voltam,

presSúria que à solta cambonetÊa - Jacinta -
como um soco traz segunda-feira à Tona
em formas que a gente Unta
com dinamite_______ tarde sobre carRoças

exala o próximo sol DescadeirÁdo,
anzol de trutas e charutos que se acendÊam
no Encó dos viadutos, Cova é mais LÁ,
onde elas nuvens se abrilhantam para o Espantéu

deste mundo________ gÓrna apara as primas 
labaredas, um grito-MUNCH apanha lápides às Pencas.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

SonetorÔnio da enxó-Cadência(Soneto n.425. Ainda em memória do Museu Nacional-RJ. Para Caleb Baltazar)

Miró sentia em Tasca a mão direita 
como se ImpÂnha a mona um cérebro 
ostentasse - isso cafÚnga um bode sonorÔso
à solta em Dancing naquelas 

vinhas do Altíssimo_______ inadiantam
sacireCês ou rubiões em longitudes
se o bolsonaro ano que vem vestir
a Faixa: ebós e missas, descarRÊgos

serão arcanjos cujas espadas Partiram. Assim
o rai' do sol da tarde Inutilmente 
irá se refletir na Içá-janela, Isso
porque eu nem Falei no Blaise Cendrars________

El' se perdeu na Lapa atrás do braço
e foi Parar na Mesma Vala de Amarildo.

EscabrurunDUM!(Soneto, n.424. Forma 4/8/2. Ainda em memória do Museu Nacional do RJ. Pra irmãzinha Jéssica Campos)

O tempo futuro ficou tÃo DESmanteúdo!! -
onde esperantos não mais triBebem
manhãs_______ o Claro dos pifes
não cantiguÊa entre o braçado

das árvores, vida um passo mais Curta,
looonge o mar, Curimã - el'Uiva, e PORQUE meu Deus
inda o Sinto como se AGORA aparecesse Amarildo 
em carne osso e pentElhos e nos concHais dos
ouvidos não Fosse(ele-Tempo) os bÚzios mais
sanguinÁrios a acaChapar vÃos gradis
e a se mostrar como um grão-CACTO
pluriIntratável??? - não mais não Maaais esperAntos!!__________

derrubou casas os postes fiação, não há 
mais ONDE Santo Antônio abraçar os peixes!

sábado, 8 de setembro de 2018

Esboço LacrimImbó, n.2(soneto, n.423, também para Sarah Valle)

No encÔmio dos pindaréu' noite-Vasta:
vai-Se a caravela para o
fundo, fossa Carnuda: de nunca mais 
nascer o sol do mesmo jeito_________

"batemos dentes e lá fooram-Se os brevÊs de
nossos crânios", ao Cubo na piscina três 
quengácias - soletro "Cérbero" na testa e nos
crachás________ e há chuva de mortícias

no Planalto. Eli! Eli! Lâma transbordorÂni!
Outubro evém e vem com ele a Pororoca,
valha-nos Deus e que terrÍvi este velório,
porque ninguém mais Ergue a clava forte__________

é FOSSA, Fundo o pindaréu da noite Vasta 
em MucujÊs no céu da pátria, Neste instante.

Esboço LacrimImbó(soneto, n.422, forma 4/8/2. Para Sarah Valle)

Eu sou uma besta Quadrada
que nunca Soube rolar. Fulgêncio
em verberÊncias-Nada, vapor
que logo o quente da manhã DistronchÊa.

Tive um pai Polifemo
(por ISSO a roda do Encantário espatifada ao rÓr
dela fonte) - a falta d'Olho nele
eram tripúdios bumbas e caraÇas
por causa das Asas que ele achava 
escândalo, embora dadas pelos anjos
quando o Méier me zííu pela primeira vez,
e a ronca do Infinito era possível__________

a besta - 'Rrefecida de suas asas MurchunhÔ,
quadrÁdea, o não-Rolar amunhecado em Carma.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Sonata delas mutucas em Flô(Versão soneto, n.421, forma 4/8/2. Para Sarah Valle)

Foi noutro ibó-de-Curimba que mencionei 
Antélia -ela mulher de Ló - que Não morreu
de overdose apesar dela luz acesa 
que o anjo Soprou_________

então o pássaro no ombro do funcionário 
tomou doril, o CLÂNCT! das ostras sendo engolidas 
era o epitáfio de Sodoma, do gado no descampado,
da própria Antélia que Energúmena pôs os olhos 
na Bunda em vez de olhar para frente, AÍ
foi Coisa - perdeu a boca os bonsais, elas tripas 
e a história entrou pelo pé do Picanço: telefones
esgoelam nomes das mulheres Todas, MAS

nunca nééver de NÚncaras existirão dialetos 
pr'elas estátuas de Sal.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

SonereTétricum(Soneto, n.420. Forma 4/8/2. À memória do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista-RJ. Dedicado a Ullisses Areias)

O anjo da guarda aguarda a próxima 
monÇão, com chantilízzz e mais suspiros 
de pérola a mamanguar a parÚsia
que endoidArá nos relógios e se erguerá 

das esfÚmias para os corÓtes da perdição 
dele Tempo__________ subo do Mar,
não há projeto na areia
nem braços por onde surubêiem
plenários. O nariz do poeta federal 
não Lê as lâmpadas sarcoViais,
em São Cristóvão NESTE momento 
perdemos papiros e as múmias - Capetão sim-senhor

num' estrondosa e Lúbrica performance: pras rezas
nem adianta ir ver a banda passar...

Soneto Arângulo, n.2(Soneto, n.419. Para Luciana Moraes)

A musa disse de um anjo: "vocêêê
é um motorneiro dos tenores".Com
TUDO, do vestido luzido até as asas de
papelão, não faltando a selva dos balangÔS

que te fez menino d'Engenho,
com direito à escritura e luminosos 
drive-thrus de galáxias. Antologias 
mecanizam playgrounds, ó musa,

e doutoRÔres certamente remendariam
suas meias ALI - estreRÉpe do estrume
onde viceja a próxima leva
dos mosquejÕes empEdernidos

como Israel à beira do Hospício: Não ouvirão,
ainda que algum dos Mortos ressuscite.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Soneto, n.418(Para a amiga Tirza Rodrigues)

Saber morrer devia valer em Ouro seu peso. Isso os jagunço'
e Demais no cangaço manjavam Igual
pro-reitores de universidade pública:
"cabra-maacho Tem que sabê morRê",___________

ver carembÊs de quizombária Festança.
Mas hoje há MUITO nas Salas um rÓr de cinza
nunca ensinada a se escafeder -
plumas de Chuumbo regurgitando

a própria gravidade________ Quase-sol
de hortÊnsias gingando Ocas sobre os palácios,
impressão Lamentááável, com tinta Basta
ver cabeleira d'Iara__________

que por Sinal tá nos rios só Butucando
hômi que sabe e que não sabe morrer.

Soneto Arângulo(n.417. Para a amiga Tirza Rodrigues)

Na vida em que a gente morre 
há gente que n'alma-Dentro carrega
salas Desespelhadas - xelins de Arsênico 
avantajado nas mareúvas do firmamento 

das madrugadas de Chuva. É quando 
estrelas cadentes sonham Abolir a noite 
por nela não mais Caberem,
margem de nébulas e placentas a Cair

das pautas ou_________ peso a não mais caber
nas calçandrÁdas dos ouvidos.
Sonhamos rândoms e Íris na esperança 
que os trampolins Desenferrujem, mas

no bosque cigarras cantam de Ausência:
arÂngulos de estátuas abandonadas à Esbórnea. 


sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Ave Maria em prudós de soneto(soneto, n.416. Forma 4/8/2. Para ser lido ouvindo a "Ave Maria", para coro, de Heitor Villa-Lobos. À memória de Kurt Kobain e Jim Morrison.. À memória de Heitor Villa-Lobos. Pra Jéssica Campos, irmãzinha)

Senhora dos silenciares e dos prantos,
dos acalantos e das lúrias onde Acaba o vento,
fim do que pensÁvamos ser Infinito 
e que é a Quebra do Encantário junto à rodilha

da fonte________ onde o jardim dela vida se Acabrunha,
servida Sejais de nos ouvir a prece deste Instante 
onde a brancura dos ossos faz rugir o Esquecimento
e os filhotes de leopardo choram o Encurte
de suas mamães e de seus Cronos_______ Rogai por nós 
agora que não esperamos ver retornar sobre Erebor
os tordos, e sobre Brasília os fruterÊmios mais ressequidos
nos Valseeejam um Rór de cérberos e infernos

ó Virgem Santa rogaaai por Nós cuja PasÁrgada
mais vige entranhas de Eterna quarta de Cinzas!

Soneto-Vergalhozinho(n.415. Forma 4/8/2. Pro Augusto Guimaraens Cavalcanti)

Quando se chama "tempo de absoluta Depuração"
ao tempo em que não se diz mais "meu Deus" -
AÍ Mêrmo é que fudidos estamos Todos, na irrequieta 
areia vergastarÁda por Trupicões____________

ou nas colinas onde à nevasca o vento 
paz alguma Concede, é tudo Intêêrro, moimento,
música-tema dos Flinstones que os condenados no Hades
ereouvirÃo ad nauseam - mulheres histéricas à porta 
de los Sentidos e vendo testemunhas-de-jeová subir por tudo quanto é 
parede, e cadeRê choroRÔ?? Cadê lágrima 
que reconforte elas Ânimas e à própria velhice
Seiva de patinadores Retorne????___________

mas não. Não. NÃÃÃO. O tempo é de não adiantar falecer,
nem nelas almas. O coração? Encanhéééstra.

Esboçoródio em Prelúdio(soneto, n.414. Para Jessica Campos. Forma 4/8/2)

É sempre no amor a mesma Ausência,
barro Amorfo de escultura,
ombro cavo-Nenhum, fantasma que avoa
capengando fuga ao vir bulir a manhã.

Um corpo largado à chuva descabriola
na geremário dantas de todo dia, sou EU
que em Jacarepaguá
me sinto Ausência: ela_________
de Tantra, de auríferos bonsais nos bolsos
rotos, de pular muro dos jardins vizinhos e isto ser Lindo, de conjumerÊr
as distâncias e me Rir, 'inda com dentes_________

é Sempre no amor a mesma ausência, barro
amorfo de Escultura, ombro Nenhum.

Soneto, n.413(Para a Jessica Campos, irmãzinha)

Era uma vez dez paláfeas, cabeças 
mais que decotadíssimas na capital
da Ré-pública, Mais amputada que os
modelins de dona Cocota Pereira,

inencantados como a morte que é viver 
sem estar Vivo, um carnaválio
todo ver-Turvo em toda mão, toda légua,
pedraço do grão-Cavalo que faz CAPUMBA!!

no espinhaço dos filhos dos homens:
quando eles drones põem suas estrovengas
pra Fora primeiro é tudo Amarelo
e mais dispois um mar, de cactos, daqueles 

mais Intratáveis: poalha, mesma morte
que davam pros negros no Capão do Bispo.

Soneto, n.412( Para Luciana Moraes)

Ninguém sabe se a manhã 
será compriiida, ou Difícil. Aquela roseira,
em pé, pode ser que não esteja mais
em posição de sentido como seu delegado

apostrofara, e Pai Francisco não tem Mais
seu violão, assim mesmo vai em cana, que
do jaburu donde saiu Monstrerê
saem três saem mil, manhã-Ninguém 

que se saiba a jandércias, e acácias
dos oboés carinhantes nos galhaus do Grajaú: MAS
gente Intranha esperança, dos nevoÓrios retorne
o Desejado, pra gáudio nos portões de Lisboa_________

mundo abrace os peixes, as nuvens,
nascer não será mais comprido.

Soneto, n.411( À memória de Nise da Silveira. Para Jessica Campos. Forma 4/8/2)

Quadro à óleo sacado à Esmo ali
do nise da silveira: fundo são dois azuis,
um naco em marrom como terra,
com fome de ressurreição_________

três tartarufos alados montados por tehilins
com cântaros às costas, goles de nuvens
aqui ali feito pequenos luminares
de algodão-Puro, enquanto as estrelas dormem.
Há mais um gândio-profeta, também de branco
mergulhado no Oceano das retinas,
havia espaço pra neve mas o artista a esqueceu
num dos bolsos do paletó que ficou no quarto__________

por último, sobre roxa vitória-régia, um berço,
anunciação: por cima balooouça uma Espada.

Soneto, n.410(Para Luciana Moraes. Forma 4/8/2)

No tempo das máquinas de escrever 
eu pensandava no mundo
além dos muros do quintal. Havia
um morro onde no fundo

os molecotes brincavam, ao pé e corpo
dum túmulo DESnomeado pela passagem irrecorrível
dos seculóruns________ um anjo voeja
em torno da lampadosa, ouvido Esquerdo
afeito aos pundonores do vento,
às mesas de bilhar, aos botequins do Encantado,
aos ramerrões das lavadeiras que andam de
bicicleta, como em 1915__________

São Mármaro refaz as contas, e os elefantes:
imprescindível Mais linhas retas pelas janelas.

Soneto-Erêstudo, n.3 - "Cinzúnio"(n.409)

Onde se estaboam ele-Fim e o princípio 
aurora-Ausência é coletiva, a muitos restando
apenas a estrarÁdia(espalmada)
na direção dos Infernos__________

o espírito que as gerações preside
augura Abismo aos candelabros - que outrora fortes -
agora junto às fontes se Despetala,
pó de cancelárias eternidades

sem pães e sempre às costas do Hóspede,
profeta que a turba pátria ao precipício
eresColta, aos gritos mais eletrônicos,
espadanados como só um navio no jardim 

choraria_________ há Muito perdi o chavÊro
que as portas das celas Abririam...

Soneto-Erêstudo, n.2(n.408. Forma 4/8/2)

Outono desboqueia pelos meus galhos,
desce a ladeira das folhas: dentes bandeiras,
bulhós-Essência, porque escondeis vosso rosto
enquanto a máquina do mundo 

guarda nas sombras milhões de bocas
e passarada sem Bulhas(transfigurices
de magorões com jeito de Finis mundus)?
ninguém te Respira, brisa-Elã de Emaús.
Um homem se arrosta em pé contra os
abismos, São Mármaro - também pássaro, e Profeta -
tarântulo procura fresta por onde ponha
nas Cinco Salas do povo alguma curimba

de Páscoa________ chamou a todos:
só lhe ouviram a melodia das palavras.

Soneto-Erêstudo(n.407)

A alma - livremente encarcerada -
encontra árvores e floridões navegadas
nunca dantes, isso apesar de urubus
a tarde inteira entre os girassóis________

incânduo o abraço da musa
mesmo entre aviões intransponíveis:
arcanjos tentam solver o eterno encantamento 
onde esferas e cubos cantarolam,

e o mundo é pequerruchício
pra tantas asas de partituras,
não haverá mais trampo
pra oradores e pernilongos de batas_________

Os Três desavestruzam as Cinco Salas
de todos, o tempo candear-se-á em não-Ser.

Cantiguêra Giróptera, n.1(versão soneto, n.406. Forma 4/8/2)

Olha... ChuvÊu nas Íris que eram o Canto
do meu rastreio - manhãs por breve espaço 
a coisa Linda que me apareceu,
mÊnstruo Rubro aliciado

às gotas chuvÓrias e nova Gira em torno do mesmo 
sol que me viu no Méier o primeirão chorare -
a mãe vestindo o branco mais fúlgeo__________
mesmas Íris são listas de Som, galopeiam
mungurejando a Volta do Cristo,
e sobre o monte ardem candeias mais o retrato da Frida
apascentando erês-Olifantes, manguaçús
do numeroso meu Canto__________

terceira porta às esquerdas, o mar
me alembra seus bilhões de aniversários.

Soneto em forma de Catecismo(n.405)

O Criador são Três e apenas um terno pendurado 
por detrás da porta. Três vezes por dia 
no tempo sem calendário Ele botava ração 
pro mostrengo, que depois dos dezoito aniversários 

foi posto no Fim do mar, e lhe deram
mais setecentos dentes adicionais - pra mode Istrompá
o futuroso cabÔco - hômi dispois da cobra
e da árvore da Ciência que fez os Três 

mexerem no sótão________ e a espada de fogo 
APARECEU - 'pareceu tumberéim mais milênios depois
no poema da terça-Gorda
que o poetão Manuel no Carnaval ponharia_________

houve tarde e manhã no alto do Corrupio,
e pelo pé do pinto a historiÊnga termina.

Fichário(versão soneto, n.404. Para Luciana Moraes)

A rua é dos cavalos marinhos e Fica 
na pólis onde há tempos elas francesas
eram polacas e inda havia bois - reis da cocada -
no descampÉu onde Acima é Santa Teresa__________

o prefeito do edifício esplendor 
rompeu relações com o dia,
anda nas bérras levitarando a pança -
nada secreta - e cheia de olhos

como elas rodas de Ezequiel.
Enquanto isso é Núbulo o céu e o pátio 
um estar entre o chão e as parábolas
do Reino________ rua dos cavalos marinhos 

e de mármores onde corre água Antiga,
atééé depois dele Sempre.

Soneto, n.403( Forma 4/8/2. Para Caleb Baltazar)

Trem que passa é preterÊnso aurifício___________
lá fora há dez cidades sem nome,
Último Elâncio do Brasil. Não me procusto
aos dentes Verdes à espreita, jussÁrios

cuspindo Pleús de alumínio. O poeta
anda com as pernas 
fora dos bolsos, Incontinência que antes era
privilégio dos edifícios, hoje treVura
de céu cadente e sol Posto. Os lábios 
serão metÁforos a dar com a vida na areia,
suor e amor que me SAI aos Esturros
de trem que passa com discurso Irreparável__________

finale múndus?? Eis serafins, comparecem
montando Ordálias Enormes.

Sonêtcho ali no Mocó(n.402. Para Luciana Moraes)

A fábrica é escura como o resto do subúrbio.
O sino toca e o som Oleoso berra
através das poças, pombos Tripudiam em cima -
crianças sem olhos sob um sol Desgasalho,

medo maior que Dolores sem trompas 
e sem Futuro por isto: medusas passeiareiam
sobre a presidente vargas -pediram asilo
após Romperem com o chefe político e terem

as cobras postas a Prêmio. Olôr de horÁcia
e valsêlhas já não ternárias, tempo é velho 
dormindo em cadeira Imprópria, mau CussuÍm
no céu da pátria neste instante_______ fora

do plano-piloto é Tudo subúrbio:
caprichÓ dos espinhos e bocarRões Cancarados.

Soneto, n.401(Estudarânho n.1. Dedicado ao Sérgio Ortiz de Inhaúma)

Era o retrato do velho tranceneJado
entre acordes Inacreditáveis do Villa-Lobos 
pondo em Fuga todas as barbas amargas
e o "esparrÂma!" dos toalhÉus jogarados sem

LUTA________ a boa-nova plantarescida
em Sacopenamã e mais Além:
mulheres vivem de Novo, Acerendendo eles seios
e masgandrando os últimos escorpiões 

escondidos_________ ver Irajá Turiaçu InhaÚma:
meu parcerão Sérgio Ortiz também montando 
dálias gigantes enquanto os maus exus fogem
gritando, que apesar dos urubus nos jardins 

quando a Manhã Bracejar Ferreira Chico e ele
Bento IRÃO VOLTAR na jangada - Evoloruêêê!!

Grão de Arcabuz, n.11(soneto, n.400. Forma 4/8/2)

Um dia a noiteLêra é mais crassa,
eu quiNariamente esqueço o asteróide A-597
e dou cumÍgo em Ouro Preto, onde as toucÊras
e os doidos dão-Se os pés, lugar que é Meu,

ver itabira plantada em cada esboço 
do Inconfidente Antônio Francisco Lisboa________
e as madrugadas murmureRêjam mulheres 
de lamparinas acesas no meio dos seios
e num repente Inté o Caraça canta de sabiá
isso apesar do témer e de Deus permitir 
que elas mães vão-se embora - inda ArrepânHo
marÚpios de elevadores a abrirem rostos 

pro Novo Tempo________ e nunca Mais o tiozinho
com medo matará o leiteiro.

Grão de Arcabuz, n.10(soneto, n.399. Forma 4/8/2)

No cosmo do jardim tudo é Relume
se você pensa no ano de 1920, inda não tinha
a Bachiana n.8 que é o mesmo númbero
do dia em que o Méier me viu pela vez-Prima,

e é talvez minha Bachiana favorita.
Tempo de flautas e pracetas régias 
onde bebês arquivados em carrinhos 
esperam o momentórium de ouvir tocar o Guarani
e os carrinhos são mesmo alemães, enquanto isso 
demônios Pécuros vestindo antanho jogam
adedanhas que o marcenÊro desconhecIa -
junto das putas e do algodão-SeridÓ__________

neste jardim Serapiões comparecem, e eu
tiro as botas, descanso as pernas gigantes.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Grão de Arcabuz, n.9(soneto, n.398. Forma 4/8/2)

Nele sertão do caicó está toda a tinta
que sobe ao céu feroz bem vermelha,
bem sangue e assim mesmo ele céu
do currió padim Ciço parece 

um trole sem Asno_______ passam murós
e mulheres tão descatÊmbrias que se Picasso visse
não fazia o soviéte, e seu Naúm nunca chispava
de Odessa pra abrir venda em Botafogo:
este poema virava as dálias da Ira
e as mãos de cem Curimãs, o poeta
em pleno mês de porcelana, mas sem manhãs:
minino vai lá pra dentro 'panhar um tasco de banana

prÊu acender o charuto_______ ela canção 
cantada por si-Mesma num banco de jardim.

Grão de Arcabuz, n.8(soneto, n.397)

Eu quero ranchêr agosto e nele
a mariola da criançalha curriolando
as pipas nerÊle céu_________
musício o som do farfalhar delas

árvores, e tudo marche: arquitetura 
de cães mijando nos vigésimos Dares
e Isso ser Lindo, porque parentes da bola Wilson
que segurou a Esperança do náufrago - pois foi Inverso

da rio branco em quarta feira de
lixêra e cinza________ eu quero Ranchêr agosto
e os oboés falarem da vida eterna 
açambarCada na mesa do Hóspede_________

quero ranchêêêr agosto: o pássaro-Profeta cantar
e os homens ouvirem MAIS que a melodia.

Grão de Arcabuz, n.7(soneto, n.396. Para Luciana Moraes)

Segunda epístola dele São Mármaro aos
cátaros, 'pitúlo três verso primo
e sequentes: todas as festas Inúteis 
os mortos as Perturbarão, que os ventos 

candongam penas de massa Viva apenas
aos que gramarem pássaros em suas
carnes e espíritos__________ e ricerçarem
tudo sobre ele Nada em vestes de lírios do campo:

que - Sinfonício - vos lembro: nem Salomão
em todo olÔr de sua glória gozou
efós mais celestes_______ tod'ela Aurora, quer seja
obesa ou graúna, seja Nascente_________

onde o princípio e o fim forem Coito
a terra enfim será talhada entre Todos.

Grão de Arcabuz, n.6(soneto, n.395. Para o Leonardo Marona. Forma 4/8/2)

O fato inda nem bem cabou de peidar
e já veRêm no jornal - pra nos lembrar 
que rio moroso o mundo há muito 
n'é mais - viva o lunário(!)

do conengúndio delas almas piratas! -
sem azerêite nas lamparinas que faltam,
sem pés de cidade edificada sobre o monte
com portas Sorrindo aos pobres
e leite leite e mais leite pros menirinos 
zés-cururús que jamais cheiraram Roberto Piva
ou tocandaram ganzá na sinfônica do
Maranhão_________ à Esmo desescadamos

e o que era xêro de nós - trêmulo, podrÍdo,
em desamarmos tanto eis-Nos Morridos.

Grão de Arcabuz, n.5(soneto, n.394. Pra Jessica Campos, irmãzinha)

Na pancaDárcia do ganzará
teobaldos à beira do açude sugaRRancados
de todos os capilares_______ lacoOronte e as
mesas circularóides em cujas testas

o modelito do terno - urubuRús
à tarde inteira afrouxarando as gravatas
enquanto a carta escrita com letras difíceis
foi posta sem noves-Fora e sem selos

na sede do correio em Altamira das Almas:
não mais vos peço meu Deus aqueles 40 pontos
que me aprovariam no ginásio à matemática
mais úrsula de pedras Afiandaradas________

guaraciabas e erês_______ rio lá embaixo inda caga,
e no entanto Inda pra Intensos carnavais me Chama.

Soneto, n.393(Forma 4/8/2)

Minha terra tem tranceNêlhas malsãs
que para além de Perdidas
no sem-Retorno do tempo inda grameJam
cinguridades pelo azul cada vez mais 

sem Carnes do firmamento_________
o grande pássaro é visto mais Curto 
mas segue impondo nos homens
o aviso: "inda quarenta dias 
e Nínive será Subvertida" - não há na terra 
um só cabrunco de miserere nas Salas
que abrace os peixes, Renasça,
partilhe ao pobre antimundo os pães e o vinho

do Hóspede________ pra nossa Má sorte
os cavalos bebem Toda a Tempestade.

Júlio César número 387(versão soneto, n.392. À memória de Anne Sexton e Ana Cristina Cesar. Para Adeivan Ferreira, mestre)

Sala do castelo em Bangu tem paredêmias 
rosadas, e a voz do Roberto Piva montando 
um Iberonte castanho, mais três ventiladores 
com línguas Ciliciadas.

Retratos de reis antigos não tiveram paredes 
nem porões pra Morrer, não há espelhos 
que Saibam do Victor Heringer - mas há teresas batistas,
DezeresSéte - sem jangadêro no fim, -
muito Cansadas das guerras que não couberam 
num século, cristais e reposteiros das Cinco Salas
sob neblina e mastros que gesso algum dará Jeito,
horas de mantos e catarinas Puídas_________

e Míris de abutres machos a tarde inteira lá nos
jardins. À Espreita.


*(OBS: forma 4/8/2)*

Bossa n.35(versão soneto, n.391)

Entonces bora, mater-Ebúrnea________ ao fim
tão noite Andária em corifeu pela minh'alma 
adentro e mais gravetos de somálias chuvas
(os bós-mandacarús tão Magros!)

e casarios de cocurutos brancos sobre o verdúm
do arvoredo que inicia ao final 
dela Cerca: esqüela Ináquara porque te disse 
não-Chuva, mundéu por breve espaço 

de tempo________ todos avós sangraram dentes 
quando aquarela pariu 'quele Cinza
outrora pelos profetas 'Nunciado_______ e o povo,
malmequer Esquecido, não Viu que ela noite 

era o mistério do mundo,
e o tamanho Disto.

Mais Visões de São Mármaro(soneto, n.390)

Noitêra inteira choveu sobre a vigília dos cães,
só o Cumêço, 'sta ranhência: os Santos 
não malungueiam querêtaros,
nem fuga à frente do Inverno_________

o dragarão da Maldade eis se levanta pelas areias 
de Ipanema, povoléu mata as árvores azuis
e o Nome de Marielle, renque dos Carapús
vem mais Quebrêra porque Deus-Três assinô,

restando aos atabaques traçar os rumos da Pêia,
viraram Númismos os últimos filhos da pátria,
inês-Guaçú peida carnésias, más catiras da Besta
cuspida com fogaréu delas gavetas da vênus

do Catalão________ AI destas Cascas de gente 
'darandeando sem Óleo nas lamparinas!!

Sermão de São Mármaro(versão soneto, n.389. Escrito na forma 4/8/2. À memória de Olivier Messiaen, e seu "Quarteto para o fim dos tempos")

Assim será o ganzaralho
do finis Múndum_________ som troante
ver deuses que o mar engole em grupelhos
de dez - no Cosme Velho se vê mais NÃO 

os ombros e suvacos da Estátua, entressombras
dele arvoredo foram-Se embora em meio às
burumbas, aos lunários de Momo. Faz tempo 
que o Deus-Minino ouviu cantar o minueto
do boi, e beatos Santêros
tinham boca pra chamar o Vento. Eu:
criança noutro trolintrOncamento
neste candiá não tenho pássaros-Hora__________

as quatro Bestas me dizem "Behold!!" - eu zóio:
por Tudarããão é só o cavalo Amarelo.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Soneteratofônico(n.388. Forma 4/8/2)

Ainda salas Desespelhadas,
portais em forma de minotauros
a tresandar Catifundos estrada 
para um Silêncio onde amanhãs não têm

roupa______ luz por mais que intransplandeça
é mármore, e nele escarrapacham braráços
da figueira Seca e a mãe co' filho morto
junto ao seio - inominada Pietá - mundo vidrilho
onde por cêntchures sobre minha capa
lançaram sortes, boi de também morte Infinita 
nos gungroBúrios dele Aguacêro
e as bíblias nos oratórios têm Lá falência 

de Escadas... ainda salas, desespelhadas, Rangentes:
ijê-Pirongo ê lambááio!!

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Soneto, n.387(Forma 4/8/2. Dedicado a Daniel Grosman)

A igreja toda cubista Insiste 
nas asas de-Noite, enseada que as abelhas 
constroem - figueira extênsil
que os homens drão na contramão delas

ondas________ plantas mudam camisas 
conforme o globo de fogo Humorêia lá em cima
e por acá o cão sem homem nem deus
inda acredita nas concertinas
mesmo entre as patas de borracha: tirai a pedra,
dai-lhes Vós de comer, tangei Cuícas
que espantem o pássaro que inda lá está
bicando o dorso Verde das montanhas_________

enquanto Isso inda é verão no Rio, vou no Olaria:
a grã-piscina está lá, Tinindo.

domingo, 1 de abril de 2018

Soneto, n.386(À memória de Mário de Andrade. Para Larissa Gusmão)

Era num sete de setembro, mil novecentos e vinte 
e dois_________ um dos soldados na parada militÁ
dava dez mil réis por um copo de leite
mais umas porradas no cabo marchando à

frente, todão Descabido marajambando compasso 
cinco por quatro, como se marcha
a gente parisse sem Ajuda, no grão-Bonfim
e nos Lustres da igreja presbiteriana de Bangu -
que levaria inda dez voltas em torno do sol 
pra NascÊ. Esqueci mencionar o acreano borRácHio
não contemplado no desfile da pátria: grana
só havIa pra fatioTa de bronze do Olavão BilarÁc___________

tâântum ergorÚm sacramêêêntum: olhaÍ,
mãe Oxum toda de branco na sala
toca piano FORA do álbum de retratos.


**(OBS: forma 4/8/2, com um verso
de Estrambote no dístico final)**

sábado, 31 de março de 2018

Soneto, n.385(Antífona Bruêra. Para Larissa Gusmão)

Cemitérios andam redôntchos,
soltarando foguetes porque meninas ossudas
desencordoam árvores minerálias
do sangue exposto em praça na gomôrra

Antiga, e ninguém sabe se é Hora e
se a tabacaria grita desde o ventre 
seus bandolins, e a música do espaço
anda nos olhos do cavalo mecânico -Noite

de lanças e estandarte azul sobre teu Dorso,
arcadas nuas e Rochérias, artesanato 
do infinito_________ mar passaréla sacudindo 
sua Bruêra de mortos, galeorões condenados

a servir de minueto na escadaria dos Séculos,
bicho nervoso, BOI: descomedido na Enchente.


**(Bruêra: Feixe)**

domingo, 25 de março de 2018

Soneto n.384( Para Luciana Moreira e Robson Medeiros )

No fluido aceiro dela Vida
o mistério do fim do homem Apêia
da charrete, pra dar de-Comê às hortênsias,
bicar estátuas de pano.

O curso da tempestade vem com manual 
em maxacáli, e os trens a levam Depois,
assim lavanda pelos narizes gigantescos
e o dia mal Cabado em nascer que vai pro
mar enquanto jangadeiro retorna
dando graças a Deus - sobreviveu aos pés-de-vento
e às águas achincalhando na língua do Pê,
mas hoje vem no jornal que os namorados têm

COR________ principalmente não nasci em Itabira,
mas Acendo o espírito da Vida.


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2)**

domingo, 18 de março de 2018

Estudo para um Ritual(Soneto, n.383. Para Caleb Baltazar)

Esta manhã um búrio de rio, enquanto árvores 
sacodem o sono dos braços______ novamente erInfância
no rostéu do mundo. Pássaro de quatro folhas 
telefonóra ao outro lado da mata__________

curupira êh-lá Vem, pacientemente 
refazerendo pirâmides: os treze ciclopes 
continuarão no ramerrão do sono(até que do Oriente 
se enxuguem as águas do Eufrates). No mesmo rio

ingazeiro Cacúndeo não cansa de lavar as Fuças
enquanto anjos elétricos me lembram o Hóspede 
ainda fora das Cinco Salas dos homens, e
lá vem Chêro - de ribombéu-Temporal___________

AI desses fribundos instúpeidos, tão Sós,
e SEM azeite nas cinquenta lâmpadas.

Estudo-Memória em forma de Soneto(n.382. Com uma pitada de Clube da Esquina. Para Mário de Andrade. Para Manuel Bandeira. Dedicado a Luciana Moraes)

Chove? Há tempos no largo de São Bento
foi 1920 - e mais uns Lérios de troco:
o seringueiro acreano, os índios Parecis
só à espera das Iluminações__________

então se abriu na Esquina a lateral janela,
eis o profeta com pouca gente pouca gente pouca
geeente passando no trem de ferro,
e o vento era 'ssobío no Canaviá...

Chove? Lá - desde a casa da Lopes Chaves
rabisco de sol cortando chuvisco ao Meio,
por Isto os girassóis seguem cantando AMARELO,
arvoreções Incontáveis_________

adonde as Múcias, e os cavalinhos Azuis: prequeteús
de também Lôas ao tísico, morador do Curvêlo.



Soneto, n.381(Mais Visões de São Mármaro. Pra irmãzinha Jéssica Campos)

É só o começo, esta ranhência intumescente
no espinhaço_______ olhei e vi cavalo e cavaleiro 
e nas cinquenta mãos muitas balanças
e a malta de Brasília engoliscendo

as últimas sonhícies delas crianças e peixes,
e os pais transmudescidos em pedra 
pra enfeitar a frente do Planalto.
Perdido o braço e o Resto de Marielle
o efó do pé-de-flor também ranhíu-se em
brita feito um coreto que nunca mais a banda 
ouviu... é só o começo e os beleléus ei vão 
mostrando as picas que o Zé-Chifre passa

em revista________ eu vi cavalo e cavaleiro 
masgaiando Inteiro este planeta-Navio.


**(OBS:construído segundo a forma 4/8/2)**

Sinfonieta em forma de Soneto(n.380)

A casa das elísias e Infâncias 
agora aperta sobre o cabelo das árvores 
seu grão-Baraço, em forma 
de cavalanos Maciços__________

o galopêio mondronganêa pelo esporão dos
noticiários, pulga de aço Inexorável:
um último anjo recolhe as mesas
onde homens só-Olhos apostavam cús
já que "amanhãs" eram 'néis de vidro
e a morte da bezerra andava à Bérra -
sete mulheres de Ló virando estátuas 
e o sal do mundo novo pintalgado

com Sangue_______ É só o começo 
deles pianos e centauróides em Fuga.


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2) **

domingo, 11 de março de 2018

Estudo pra uma Elegia(Versão soneto, n.379. À memória de Victor Heringer)

Tarde avança Ranhências e troperéus
cada vez mundo Menos______ manhãs ainda 
parto dos oboés, a gente Canseia,
catedrais de Silêncios e ouvidos -

que só nos ouvem as palavras. O sol
não vai trazer de volta Amarildo
nem que vivêssemos cem anos,
coisa ou poeta Inimportam, neste interlúnio_________

o que chamaram "céu" não vale
um Rór de cerveja, próprio som da chuva 
envelheceu, árvores desaprenderam
a chorambar pelos homens_________

tarde avança Ranhências, os corações 
cansaram como mendigos Verdadeiros.

terça-feira, 6 de março de 2018

Soneto, n.378(Mais Visões de São Mármaro. Dedicado ao Caleb Baltazar)

Insônia Púrpura em meio à pândega
dos homens-Coisa, meu corpo saaangra
enquanto dona misemiSéria
encarraRanca a Barafunda nacional________

há falta de pessoas-Aves que exorcirizem
os bungos e boitatás valhacoutados
nas Cinco Salas e mais vitrais Estralhados
sem visgo de alabastro ou de canários-da-terra,
elas cambadas num cada vez Labirinto 
de minotauros preparandando Estrovengas:
os beleléus resultantes racharam o teto do céu 
num 'ranca-Rabo de a vida escapulir 

entre os bantós e eles dedos: olha a fanfarra 
a caprichar nos dobres de Finados.


**(OBS:construído segundo a forma 4/8/2)**

sábado, 3 de março de 2018

Estudo de soneto-Piada(n.377. À memória de Oswald de Andrade. Para Luciana Moraes)

O barão da Taquara era tããão grande
que ainda hoje tem gente chegando 
na terra dele. Foi desse jeito:
nas Antiguanças eram os índios

que moravam nela, junto dos jacarés.
Os índios achavam eles enooormes
e cheios de dentes - mas
os jantavam assim Mesmo.

Depois vieram os portugueses 
e Jantaaaram os índios, inda usaram os jacarés 
pra palitar os dentes. E balalões mui Depois
veio por Fim seu barão________

Zurrambada sentou Cipó desdantão
no cacundéu pau-Brasil - ôôô que Zoina!!!


Soneto Encoberto(n.376. À memória de Fernando Pessoa)

Cada palmeira da estrada 
são pespontos onde ancora a Barca,
e o luar Castrou todas as flores,
alma de outras assírias...

Frente ao porto esboroa-Se a cidade -
ânfora de cinzas, catedrais... o Pasmo azul
é todo o mês de abril, e as horas-Findas
deltas em/neles Outonos... através de árvores 
sentidas ao ouvido, muitas léguas de sombra...
e sempre Chove nela Sombra esperiamente -
e tão suave a brisa a enternecer ela tarde 
que não Torna!_______ que importam sedas,

se a Hora pel'alameda arrasta os mortos
de ontem-Sóis que agora em pedra Gorgorejam...


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2)**

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Soneto com pitadas de "Pripyat"( Poema do "Livro das Acontecências". n.375)

O semeador saiu a semear num qualquer canto
do século_______ estrada para o Silêncio,
após um som difuso de violino e urânio 
ter Derretido os relógios_________

Noé vestido em cobra-coral chama 'guacêro
pra cima dos semideuses, ninguém deu
tréla e bem na porta das cidadelas
a feira de Acari continua, com grolós
e mais reizados que o Copom assina embaixo.
Mas segue o samba-Semente: quem tem ouvidos
não desça a tirar nada de casa, monte no
porco e cascalheie Fuga, isso antes do Inverno_________

a voz do urânio ainda Chove pro mundo
o cemitério que 'inda glóra em Pripyat.


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2)**

Outro esboço sobre o poema "Insônia dos Nós", em forma-Soneto(n.374. Para o amigo Albert Caetano)

Segundo alguns o mundo foi partejado à força 
dos labirintos de Antífiles, logo após Prometeu 
decifrar os alfabetos ocultos 
no sono de gigânteas Girafas________

foi Mesmo o início da Insônia dos Nós -
que desdantão vem costurando hamurábis
na alma de tudo e todos, tributo - também 
segundo alguns - à ousadia prometéica de bulir
nos 'farnientes' das eternidades, rinocerontes 
no escuréu deles cantos entreouvidos nas costaneiras
dos templos, e tamberéim desdantão
serafins raptam virgens pra seguir o Ofício 
de parir nefilins e ninródes_________

Insônia dos Nós é Mesmo a fazícia, a demência 
que desmuda os homens em gavetas de bocarra Aberta.


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2)**

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Soneto-Erêstudo, n.3(n.373. À memória de Renato Russo. Para Jéssica Campos)

"Parece cocaína"... mas é só Crepúsculo,
mar em Desfôlhe, ficção de interlúdio 
com deuses mortos, pó de palavra 
em sanha de Tracúm desgovernado_________

trem que as escadarias desce
com a máquina do mundo Escangalhada 
e toneladas de Mofo no tear del'Aranha:
casamento de Narizinho ficará sem Vestido.

Tenho saudades do tempo em que os rios
quedavam quietos lá no Fundo das pontes 
e não chamavam Ninguém 
pra ver misteriosos carnavais... _________

um anjo forte Esbragunçou com os espelhos:
não há mais Órbitas nos palantins da Memória...

Mais Visões de São Mármaro(n.372, para Jéssica Campos)

Peregrina do tempo ela Miúda gota d'Orvalho,
lar______ do beijo derradeiro 
em todo o azul do último dia,
enquanto o vento amarrôa

seus arrastados Vestidos... todo o templo 
se encheu de fumaça, pó de ouro Baço
a sufocar os verdes e as demais caraças
das cores: corda nenhuma 
segura a queda que sempre Nasce,
qual víscera mardiçuáda atada ao Prômito
por sua vez atado à pedra mais Sísifa,
e da janela a Magra acende um cigarro... ________

o sol massacra a gota em meio ao blue
do último dia...


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2)**

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Soneto-Erêstudo, n.2("Maracangalhamente Tropicálio". n.371. Para Luciana Moraes)

O profeta emBandeira uns versos em sonho
no fundo de sua caverna-Embarcação.
São arranhões e são seios que Antônio Bento 
já Viu, no topo de elefantÁries altíssimos,

e não Só________ é fecharÁbre
de janelências sobre cardinales
e carmenmirandas abacaxantes num rito 
de atômicos maracatus, madrugarada anoitece 
e inda há Tempo pra passar na rua Bariri,
ver Lamartine dar ao Olaria seu hino - e aí
os baticuns saltereiam sobre postes em fúria 
mijando sobre cachorrões Aparvalhados__________

os versos ganham mais Pernas, Pulam pro mundo,
enquanto nele: sóis cada dia mais Nébulos.


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2)**

Aranticuário Soneto, n.7(n.370, para Luciana Moraes)

Outro morfeu senta à janela-Esquerda 
e nele céu cresce Outro rosto com ouros
de cós-Vadios: a cada dia um deus Morre
nelas velhices do Tempo__________

garibaldo num tem cavalo entre arranhões 
de marimbondos-Enxú, sol-Cambóta abandonado 
ao saque de nuvens Plúmbeas, na barrancêra
vejo Ogarãs escrevinhando letrários pra moça
à espera no jardim das Asperíades, mote
igual aos relatórios do Copom: o coração numeroso
é bom que não torne em casa a apanhar guarda 
chuva, ele Amarildo NÃO voltará, jamais

Nunca________dia-Foi: quéde teus seios,
ó Camparinas de noite escura e sem Lua??


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2)**

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Soneto-Erêstudo, n.1(n.369. Para Luciana Moraes, e Adeivan Ferreira)

À mesa - com fagotes e o Mais -
o copo Cheio esGara o próximo transbordo
e sóis lá fora d'Epifanias: chope
das terras do Rei, vultos d'hômines antigos,

esfinges da primeira estrada de ferro________ hoje
sem muros brancos nem cavalos azuis
(inclusive na sala do antigo Presbitério
musgos sentam na primeira cadeira de pernas Abertas,

sem ajeitar o espartilho). Felizmente ao Poema
esqueceram de explodir as pernas quando 
rancaram-lhe asas, inda haverá nas estradas 
risadas de raparigas, antes que os demônios 

acordem_________ à mesa com mundos-Sóis,
o Evangelista pede o próximo Chope.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Soneto, n.368(Grão-de-Arcabuz, n.2. À memória de Cruz e Sousa. Dedicado a Caleb Baltazar)

O sol desfaz no meu céu o caminho 
da moura a recolher da corda a rouparia, 
estrelaDeiras que a pouco e pouco arrefecem,
como os b-29 desfizeram Dresden.

Escuto as dormideiras falarem que mataram 
a antiga namorada da Lua, era a menina 
que afagava espelhos num beco Escuriscente
e não sabia que morrer era bater em latas,

transparecendo Carmim com estampas de Poente 
no regaço... não há mais "dia" entre as 
moedas de troca, falharam águas Frias
por sobre as testas em Febre_________

sol Desfez o caminho. O menino Dorme,
entre os "incensos dos turíbulos das Aras"...

Soneto, n.367(Grão-de-Arcabuz, n.1, dedicado a Caleb Baltazar)

Cibório deambular à luzes Raras
marcha sobre a largura da terra
após a interdição do rio Eufrates,
estralanDando os chicotes sobre monstrengos

com cabeleira de Mulher_______ eu Mesmo,
e - Feério - fui trancar todas as Portas
de empós os bronzes-Canudos terem
mijado nas calças, e o som que havia
era o de vidros Partidos...
não há mais cózes d'areias
pra carregar as ampulhetas do Tempo,
não verei elas plantas Crescerem__________

e Aliás, ó Tu - esboço à cavaleiro-Inacabado:
que rosas fugitivas sempre me Foste!


**(OBS: Construído segundo a forma 4/8/2)**

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Soneto Oblônguio( Arrastapé Suçuarano. N.366. Para Luciana Moraes, e Jéssica Campos)

Entre el'Árvore e seus filhíns abricós -
baticuns a ancorar dentro Amanhãs -
há  todo um Ruancéu d'oriente, poema em transe
na areia, flórias de porto Alvadío__________

entr'arranhões de derradeiras abelhas
um braço brandindo gládios corre à cata
d'um Corpo: sem mais casacas nos salões
do vice-rey. Há noites cujo regalo majór
conSíste no escrever com sangre em cada rosto
de muro que Deus é mesmo Intervalo 
entre os confins d'Oceano e el'âncora
que se levanta no cais______ naus caminhando 

dentro dos troncos das árvores: nelas Sementes 
baticuns d'Amanharãs e HorizÔnteres!


**(OBS: Construído segundo a forma 4/8/2)**

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Soneto Eresfíngeo(Em forma de catira batida. N.365. Para Bárbara Rodrigues)

Manhã dela chuva. Apagam-se
as luzes da igreja, não tem curimba,
Velho Ferges pode amenrígene
manguar uns sonos, pássaros-Esconderijo.

Manhã se amôura sobre arcabouços
de barcaças Naufrágeas, sem mãos-donzelas
e sem bronzes de castelos medievais,
embirramento dos santos a dizeeer

que há Muito se acabaram os homens,
mócha mais derradeira dos girassóis -
nunca mais AMARELO!! - esgalga eresfinge
cujas mãos Candonguereiam Segredo__________

insônia de Salomé numa bandeja de Prata,
grandes Naves da catedral Submergida...

Soneto, n.364(À memória de Ana Cristina Cesar. Para Bárbara Rodrigues)

O motor do mundo AvalÂncha:
crescerÊram nas vias férreas delas pessoas 
ervas com músculos e mais Viços daninhosos,
a lâmpada do templo baloçourou e...

caiiiu pelas vértebras de los telhados tal como
um esboço de criança à beira do Tempo 
contempla o próprio esqueleto... sim,
o zé-Bedel do Capeta vem com sinetas
e a peixeiRêira pra descabeçar Jão Batista,
e também Joseph K. - apesar que ele foi Deglutido 
sem nunca a ninguém ter feito RANÇO,
carma de Ibós e más Candrácitas Fúneres__________

a alta lâmpada do templo Amunhecou,
'spatifou pelas jerebas da Hora...


**(OBS: Escrito segundo a forma 4/8/2)**

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Soneto Imbó-Bricológeo(n.363. À memória de Heitor Villa-Lobos. Escrito ouvindo o "Finale" de sua Quarta Sinfonia. Para Meire Ellem)

A tijuquêra peguenta da estrada 
onde aurora remelenteia e se 'turda:
tchoque-tchotchÓque imanesCendo pro dia
surgir que nem piranha 'bocanhanrando o dedím

do piá... Vida, que se ajeita na rede
(mas Isquéce de chamar vosmicê...) -
enquanto morte e o Planalto 
encreeespam a crina do animal 

que é VASSUNCÊ nas ancas do trem
dela central do brasil_____ você magunço
num trempe de doze horas é mór-sardinha,
cachorro corrido e jégue de má-Cangalha________

a tijuquêra peguenta da estrada é MESMO
o cabo mais Descabido deste mundo.

Soneto-Improviso de Terça-Gorda(n.362, com 1 verso de Estrambote. Para o Marcelo Reis de Mello, guerreiro-Maracanã)

Hoje que inda é terça-Gorda carnavalê
um puro sentimento de felicidade 
é mais caraço que elas jóias do cabral -
aquelas compradas com troco

de bala halls_______ o povoréu-Absurdo
vai Tudo ver Cururú 'rrotar no perau mais
FUNDOOO, uns passando a mão por entre as bundas
dos outros, toda nudez aqui FranciscanÊa 
e não é Deus quem Chibáta, são deputados 
muitos dos quais se dizem seus Contadores
com dólares Claro - nela cueca e no cú -
sepulcros malCaraiados como disse Ele, o

Hóspede________ menos Rigor haverá pra Sodoma
NAQUELE DIA do que prÊles 600 Picaretas

de Brasília!!!!


**(OBS: Construído segundo a fórmula 4/8/2)**

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Soneto em esboço de Sépia(n.361. Para Meire Ellem)

Chove outro rosto de ouros Bacíos
e naus de velas recolheridas... e para Quê
pendões se a cinza faz Rancharéu
sobre trigo - não mais sorrindo no poente...

um deus me fala sobre a Velhice do tempo -
quando chovia na quinta e eram musgos
de lugares-Outono, depois o sol vinha bailar
entre as crianças e os pianos(há Rastros
que mostram serem jardináceos d'Outrora)...
ainda fúngeos de Chão são núvias
de esponsais cancelados, há rubros Fins
e o não haver mais Remos pelos quartos

do Sonho_________ chove Outro rosto?
Passou - sem vés-de-Naus e sem Quandos...


**(OBS: Construído segundo o modelo 4/8/2)**

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Soneto-Estudo(n.360)

A casa antiga, caiada -
um pé-de-Flô na porta 
de pé-Alto(seiscentos dedos).
Um Todo, longe do mundéu Grande_________

antiga a casa assim como a Tartária,
e a gente dela bate roupa pra lavar
no rio - à volta há manga-rosa,
jambo, carambola e o mais é

pé dela laranja-lima, herança 
do último barão conhecido.
A casa existe bem desdÊsse tempo,
corpo protetor que guarda a menina grande_______

por cima uns anjos calça-larga com saxofones
não se cansam das Recorrentes auroras.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Aranticuário Soneto, n.6(n.359)

Ó largos campos já cinzentos de Noite,
quéde teus seios de Lua? Teus quizaBrúns
de entardício que era o Regalo
dos cavalÕes Migradores que erém-Voavam

com orquídeas e com pianos nelas cacundas?
Hoje o que vejo é sempre o mesmo tempo 
pleno de FOI, desespelhado, velho morfeu
que inda à janela se senta, pensando os fumos

que Pérfiros perfumam de Ócio os salões...
há corvos sendo fecundos
no trigo da cinza do Poente,
mar sem Mais, apenas batendo na areia__________

a Mesma, onde ele-Oscar, há Muito
não risca mais projeto Nenhum.

Soneto efó-GereNário(n.358)

Na cinza do grão-Poente há carnaubais
gereNários, nos cimos pingando azuis
também se ouve - Pássaro - aquele canto
de tez mais Vaga_______ as naus

ao porto medieval tendo no entanto 
largado no mar Interminável os 'fós-de-Alma,
as horas sem teÚbas e sem flúido de Auréola,
silêncio guardado sobre doze Tons
e sobre Nada, daí a surpresa da noite 
açambarcando o Tótuum do granadeiro, ele -
menino de sua mãe e que jaz Morto -
arrefecendo como no Fim toda ela vida

Adelgaça... na cinza do grão-Poente_________
ele-Nada_____ parOnde o que foi vida Esvoaça...


*(OBS: Construído segundo a fórmula 4/8/2)*

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Aranticuário Soneto, n.5(n.357. Para Leonardo Marona, em seu aniversário!)

Nas praças vindouras HaveranZá
carnaraÚbas da Bahia-Minas -
pon - ta de - la - a - reei - a, poon - tooo
fi - naaal??________ fanfarras RirãO

ao som dos violinOfoNes
o coraÇão mais longÍnquo das metafÍsicas
perdidas nos lavaBos dos cafÉs,
porque a luz armou Ita pros cambaÚs
do ser-Nunca - momento de se penSar
que o seiXo que derRancou Golias
é o mais Insano carnavRal 'maginAdo,
e os homens não mais verÃo Deus
pelos farÓis de casas Eresquecidas_________

não havendo pela travessa encontrada
o nÚmero da porta que me Deram...


*(OBS: Soneto construído segundo a fórmula 4/8/2)**

Aranticuário Soneto, n.4(n.356. Para Luciana Moraes)

Meu coração: lugar Ilógico e plebeu,
mas Há sol nas praças, e todo dia 
é dia de Acalantar Luciana, enquanto 
o velho Ferges leva o rebanho de tubas

pra Beberar nos igarapés. Eu fui criÔnça
minha vida Inteira, acho que por Isto
inda estou vivo, torcendo(e Muito)
pra saudade ficar mais Incrédula________
como ela flor que por milagre encontrasse
bem-Querência no asfalto,
amedrontando com isso os Caperêtas
e os latrinFúndios Cinzêntiuns___________

porque inda HÁ SOL nelas praças,
e os Éolos sopram Vida pra Frente.


*(OBS: construído segundo a fórmula 4/8/2)*

Aranticuário Soneto, n.3(n.355. Para Hugo Stutz)

Janelas em par, encostadas
por causa dum calor 
que já não Faz. Prodígios de Hora
isso de as naus Partirem

deixando os Sonhos no chão. As flores 
são móres-cristais partidos em mil,
deuses fazem sinais detrás delas nuvens,
desfolham as louras Graças do homem,
nascidas no fogo de Prometeu. 
Correm pelo céu grandes fachos
alimentando o motor das Rãs,
por Toda parte o som DÓI____________

sou aquele minino de olho Compriiido
no veloCípe do minino vizinho.


(*OBS: soneto construído segundo a fórmula 4/8/2)*

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Soneto-Estudo(n.354)

Ruarê geremário em Jacarepaguá.
Indora há pouco arremeteu seishóra.
No Zaccaria tem credos, kyrieleissões,
nenhum fúcsio de jazz no harmônio.

A grã-Confusa perersistência geriátria
das oito ou nove senhoras
que sempre vão pedir pelos Outros -
mistério entre elas pálpebras descidas__________

Na rua há mesmo um mór-suor
de sol Vago, há corcorotes maquirilados
da Chuva que à noite vém, Roncórios
onde também a bateria da Portela 

trombonará_______ vai dar trabalho pro Ferges
quando voltar de bicicleta pela grajaú.

Aranticuário Soneto, n.2(n.353. Para o amigo Caleb)

Quando eles deuses forem crepúsculos-Ferro
e os cântaros despetalarem nas fontes________
braços outrora fortes se erguerem
à voz das primeiras aves_________

não mais o rubro dos oboés
rirá nas primeiras Coisas e o dono da tabacaria
terá morrido há milênios. Fechou-se por dentro 
a porta da Arca, há fumarácia e fuligem
nos corredores das casas, declínio em Sépia
que sete bruxas dançando a Roda
não mexerão na ampulheta das esferas.
Que vês nessas águas, filho do homem?__________

eu deito-me, pra trás na cadeira.
E(como é Certo!) continuo fumando. 


**OBS: (Proposta de novo visual estrófico, no formato 4/8/2. Bora ver se Cola.)

Aranticuário Soneto, n.1(n.352. Para o amigo Caleb)

Cai a noite, lonGe dos poRtos.
No cimO dos veladores apagaram canDeias,
as cinco virgens sÃo Outros olhos
fitando as nauS tão para Lá do ser-Nunca...

Um todo-Longe às fÔrmas deL'árvores -
não há tambÉm janelas que as Vejam -
mundo para além dos vitrais entremostram
abutres e fígados Mastigarados...

Escadas dando para o mar Inatingível,
começo a ler os Outonos pelo eresFólio
de galeões tão Órfãos dos carnavais
quando ninguém Sabia a direção de Manhattan___________

Ai, essas mãos... tão magras
desses meus dedos Ausêntereis...

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Soneto-Estudo(n.351. Para a amiga Jessica Campos)

Entonces: drumÍngo Evém, manhanÊa
e o santo na estEira de palHa volta com alMa
pela peDra do sono_______ na cara o Susto 
de quem soNhou com drones falantEs

e trinta elefantes AltíssimoS, e estavam 
no pináculo do Templo cantando de jurInãs
ao laDo de horRíveis gÁrgulaS______ e a morte 
e os desertos da terra os Seguiam_________

São Mármaro faz braços de cruz por liStas
de sooons gritarando KyriEs:
_____"Arréééda IngÓ-Satanás com seus bregUês
de orquidáceas venÉreas!!___________

Os Três inda 'manhecem no Cacundéu, no espinhaço,
inda que Véééio este planeta-navio..."

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Soneto-Estudo(n.350. À memória de Ana Cristina César. Para a amiga Jéssica Campos)

               "...neste interlúnio,
               sou coisa ou poeta."(Ana C.)

Neste interlúnio del'Ana
eu tenho medo, de Mim_______ a cor
morrêêêu, vem d'Outro tempo
a luz que 'luminíada,

inda teimosa, mas já crescente 
na Treva... onde é plantado o mei'-dia
flores não cantam, e se
sou coisa ou poeta Inimporta, é tudo 

cruz que andaranda a cidade sem cinco pães
e sem Olhos - nos ocerÂnios
são galeões digeridRos
tudo que Resta__________

neste interlúnio del'Ana eu não sou mais
nem Isto: não sou poeta, nem -(sequer) - coisa.

Soneto, n.349(À memória de Mário de Sá-Carneiro)

Eu vi pensórIas sobre argamassas de terra,
vi tromborOnes pelo canCéu de entre-nuvens,
rabugeNs de todo um janÊro
regado a chuva_________

e para que tanto segredo, meu Deus,
no destinÊ de uma vida... pois sóis -
indifereNtes - Ardem - mesmo
que faltem olhos nelas janelas perdidAs...

procuro um Rosto______ erÊs-cambonos
transtornam resmas de galeÕes digeridos,
bizâncios-Alma de mãos finadas
sobre cetins... tudo já Foi_________

morreu Cor: desespelhadas, desertas
as salas-grÃs do castelo...

Soneto, n.348(Para a amiga Jéssica Campos)

Neste intermédio de nuverÊnias
e sóis que mal adentram reFrinchas
vida 'manhÉce, mas é
balouço à beira dum Poço

e quase à morte um petiz... em cambalhotas 
é mEu 'sfrangalho de vida que 'inda faZ
número_________ meus ereXins
rasbicavaNdo às Loucas um mundaú

que é passaredo Espantado, o bicho-Hômi
aí Vem e o resultado 
é Chusma de leões sem juba... congádRias
das últimas quatorze Tróias________

ossanHas maus no Achurêio, relógios________
com gente DerretenDrendo em cima.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Soneto, n.347(Erêstudo)

O sol já Foi, brilha alto.
Estrelas dormem, deste lado 
do planeta-Navio________ crianças 
são várias cores e penso nos césares 

que(também)Fui: quantos bangus, quantos mares,
quantas monções de se adiar
todo um inteiro universo 
no ato de fazer a mala! O sol

já Foi, e houve tempo em que foi
o dono da mouraria, o almirante 
que empombou um país
matando aquele primeiro-Cônsul_________

o sol é dentre todos que partem - Único:
acaba que parte Nunca.

Soneto, n.346

U'a parte de mim vem de Lisboa,
tempo que nunca aproveitei_________
como se fosse um paletó sem linhas,
e que por isto mesmo

para a alfândega não Serve. Outra parte 
é poema, ervas que não me arrancaram,
e por Isto ainda
estou Vivo________ visto os outonos

como um ato(doloso) de rebelião,
sem caiporas, mas de encostar na cadeira 
o vinco de uma estrada Voluntária e sozinha,
que nem na morte espera Dormir_________

eu parta, quando for Chuva:
mas não como um púcaro Vazio.

Soneto, n.345

Estas mãos... que a cinza e Nada
me prendem... tempos Há que não sou
a vida de todo dia________ areia, onde Oscar
não risca mais projeto Nenhum_________

até a desejada unção me Erenfára,
e esta falta de pássaros... partiu-se o cânhamo 
que eram os espelhos das árvores, e tudo é Hora 
na água que se deixa Ouvir,

porto de(querer) ser Nada. Já tive em meu quarto 
janelas pra ver longe o mundo. Hoje?
Acredito num bom café, num chocolate 
com a força das Religiões_________

e vejo as ruas, estas mãos...
com nitidez Absoluta.

Soneto, n.344

Segunda-feira, e continuam encostadas
as portas da janela desta Tarde,
seus Olíguions, pedaços de sol,
e eu que nem cheguei a partir 

nas capitâneas reais que aos monstros-mares
se foram_______ faltou-Me um basta! -
que me arrancasse dos intermédios,
dos palácios de trigais Abandonados_________

talvez morri e Nunca soube a partida 
quando azul não foi mais o céu,
(e na verdade eu que fiz anos
de 'mareládio Esquecido)________

reticências falam por Si, dos zígonos,
dos verdes que Fui...

Soneto, n.343

Os portos a que cheguei:
rosto amargo de carnavais Erextintos,
minha canção de mãos magras 
onde a passagem das Horas são folhas

caídas irregularmente no chão______ sem que haja
no cemitério uma lápide onde os dizeres 
se Leiam, sem ferrolhices e móres casas de
máquinas acesas até o penúltimo Talo_________

coisas que me fizeram abrir portas
pro que era Estio, com seus trinta e dois 
dentes, que era Tarde 
e o verão Apagou-se__________

lá fora as árvores inda são árvores, mesmo 
que há Muito não se Avoem em Mim.

Retratograma(Soneto, n.342)

Retratograma da atual condição 
dos pianos do mundo: olho os teclados,
são muitas árvores faltando ao trabalho,
muitos braços Ausentes pros oboés

fazerem parnaso_______ cada vez mais 
o passaredo aranda dentro dos livros 
e longe do chatô das nuvens, tal como 
o Cristo: longe das casas, Mais Longe 

dos corações, isso apesar das bíblias 
nos olobórios dos quartos. Perdi-Me, no labirinto 
onde as ruas vão dar sempre nos jardins 
de inverno, e o vendaval Carpinudo________

nessa catira de levar as folhas 
pro rio que vai sempre Embora...

Soneto, n.341

Ôôô Fulô neguirinhaaa! - Por acaso 
não és Tu que aos guaraús 'pinotízas
enquanto no tacho impões pimenta 
nos kibêbes?? - não há delegado ou ranchêro

que desconheça teus mei-dias de Banquete...
Xinxim de alúme que orixá Ninhúm
apõe queixa... teus mundaús fazem Santos
todos pecados das comilanças

que a gente de bom gradeio Cométe! Mas, ói,
quem foi que te encAngalhÔ dessas mágica'
de caldeirões e Timbúns?? Não há muquéca
que não parêça de ôtrO Mundo...

Ôôô neguiriiinha Fulô... sou todo teu
bó-Cambono, rabicho Bom! VassunCristo!!

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Soneto Klíemo(Soneto, n.340. Para Júlia Klíen)

Inscrito num velho pergamútcho:
lá vai a nau CatriNêta
por sobre as búrmias do má... e sinto às vezes 
ter sido mãe dos Verdes que noutras vidas

cresci... Íbrimas estátuas de Alexandre 
nos portões do Ciro mais furado que juda em
sábado... mas assim mesmo Vem, que o vento Existe 
e é tão Suave a fuga deste dia...

Tirar do coração a passagem das horas...
rever que as garças não São de prata
porque cheguei aos portos que cheguei - mas
VIDA é ter os remos nas águas__________

quem desses óculos Bebe vê Janelências
mesmo neles peraus mais Sombrios...

Soneto Vírturho(Soneto, n.339)

Quando orólho pra mim
palmeiras entram pelos narizes montanhosos
aos cubos, de cinco em cinco, enquanto 
à beira d'água o reflexo da praça 

da Figueira: ecos de opiárias Lisboas
de estudantes que não ligam pra Virgem
porque o século é gravataí Grooosso, vida
dos outros, ou que não Há__________

ááágua aos mais mandacarús
tão magros de Sede, esqüela Ináquara entanto,
que os homens trazem piche nos roncós de DRÊNTO
e tudo assim Ri de maus dentes e Somália 

chuva... aos deuses peço - como o disse Alguém -
o Vírturho de nada lhes pedir.

Soneto, n.338(À memória de Mário de Sá-Carneiro)

Ai como eu te queria______
certa voz na noite Ruivamente,
mais de Naus, e não desertas, nem
ranquícias Desespelhadas...

vem de Outro tempo a luz que
me Luária_______ aquilo mei' los hermanos
cuja melancolia são meus cem braços d'hoje,
que Adoro. Nem me impoRórtuo

se as mesas do café perderam braços,
escadarices e outras rezas
de comer com arroz... o Não-jardim
diz todo o meu trapézio, Escangalhado naufrágio_________

tapetes d'Outras pérsias mais Marfim,
tão Sooombra, do ouro do meu Rastreio...

Soneto, n.337(Para o Caleb Balthazar)

Outonos cânhos. De bandolím me avasSaltam
as transrisótas marotas
dos chanfalhotes e mais caveiras
de Cem__________

o que me entôlha às cinco horas 
na avenida central: quem dera fosse um ponto
de Umbanda, é canto
ver forqueirões mais Retintos nos suerêiros

das flautas-contralto que Vão: 'becêra do enterro,
filho único da viúva de Naim, e
sem Cristo que desborque ele emboço
que morte bocha em dez Tantos_________

demônios-Cubos, serelePízios:
não é sopa Não.

Soneto, n.336(Para Luciana Moraes)

Entre dois raios de pensamento 
espírito Acende no mundo a lampadosa
do Encanto: nenhuma escolta de oboés e pianos
será perdida, continuarei

dando de beber às árvores, de comer aos peixes.
Os Três puseram ferrolho na grande Medusa,
aquelas focinheiras de anastácia
nas dezoito bocas. Lembras-te irmão, da nau Opaca??

O tempo curou os anjos que eram daltônicos
e o Encoberto volta aos portos de Lisboa 
trazendo Luz sobre a Lusíada terra:
se Calem tooodos os diabos sem Conceito!_________

entre a raiz, a flor, o tempo, o espaço 
escada seja Sempre pra Riba.

Soneto do aboio a breja(Soneto, n.335, para o Albert Caetano)

Janeiro vinte e três, passou a véspera 
do Padroeiro da cidade. Chuva com mais tentáculos 
cada verão que passa, mas
girassóis ainda Sobrevivem___________

pulam do quadro famoso cantarolando
último samba da Portela. Jaburús brincam no
asfalto, jogam bola de gude, em frente ao bar
da amendoeira Gigante.

O sol faz um Groló nos miolos,
não adianta rezar pro pássaro nem pra
estátua de pedra________ vambora
mandar descer calderêêêtas________

bora Brejar, cambada, tirado o tasco
do santo.

Soneto, n.334

Este pedaço de sol que bobamente inda
cisma de bater ponto não faz ideia:
lá vem maruím dos quatro cavalos 
por magoados fins de dia...

Zéfa chegaro as queimáááda! O burro-madRo
tá resinguIndo de tanta Imbuia no lombo...
perdão Vladímir se inda coragem não Tive
pra mesma porta dos fundos...

Ei vovozinha venho de longe,
há muitos séculos ando à pé talvez à espera 
que houvessem bailes de Mim nas alamedas -
sonho de Íris, mas Quizabrum nas janelas__________

a minha alma agora é água Fria
no perau mais fundo, Inominado...

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Soneto, n.333(Estudo Ocômbulo, n.2. À memória de Ana Cristina Cesar, dizendo que a entendo, Perfeitamente...)

Entonces nesse boitempo de Vortiscentes cem
braços_______ à tarde inteira essa febre,
um não-pasSágio de urubUs 'feRrujados
a carunchAr o mEu sorriso sem graça________

aquela infÂncia onde a cHuva me encostava
e o rio mais gOrdo dava maRés ManduquÍcias
hoje é peRna de Cobra,
e o dia moRre depois,

bebendo leite das encruzilhadas 
e mais varandas de murcherÊncias,
que nos varais é toda ganzÁlia
que 'inda Visto__________

murcherEscÊncia
mais santo antônio Ninguém...

Soneto, n.332(Estudo Ocômbulo, n.1)

Entre certo junho e outro setembro a governanta
prepara o café - ao canto Ainda
do primeiro pássaro - sol tira a blusa,
mercadores chegam à porta da cidade.

Com duas espadas no bolso irei ver
os beija-flores entre as hortênsias - espantarálio
dos javalis armados no calabouço 
da barão de mesquita_________

por certo as moscas de Angra não têm dez patas
à toa, claro as violetas beatas não perdem
a reza do mei'-dia, no campo-Mundo
semeador Saiu, seguido por multidões________

prepara a barca dos Salvos, num certo
junho, noutro setembro.

Soneto, n.331(Para o Hugo Stutz)

Carrego meus bisavós maxakálios num altar,
junto do beato Salú e do São Mármaro -
presente do santêro Alfredo Duval ao pai
que 'inda não sabia da vocação(conegúnDia)

de empalador delas asas. Meu descortínio
para o vício das Fontes ficou Lanhado
por ferro de marcar boi________ adeeeus ao sonháreo
de ter filhos com as árvores.

Foi muito duro o caminho pra saber novAmente
como dar de Beber às manhãs,
como acender lampiões no jardim
pros faunos de Nárnia jogarem bocha_________

como Deus nos'SinhÔ, sempre Adorei
as linhas Tortas.

Soneto, n.330(Para Meire Elem)

Final de madrugada quaase 'noitecida,
o velho Ferges pensa numa utilidade para
o sol: puxar um p'leiro pros sabiás,
que assim o guri de ontem Renasce.

Rua Bariri, depois do ano passado_______ a grã-piscina
continua Tinindo, o escrete da bola
nem tanto, mas outros velhos seguem na crenÇa
de que é poSsível AcalantaR formigas_________

outoNos vestem musgo sob olhares de pedRa,
e mais quartetos de cordas tendo Rabicho
com trezentos sonetos. O minino de ontem 
que 'inda me Planja, por tempos Seculoramente__________

ganga de monumentar insetos, dia Aberto
pros semprerÊmpreres manharem Caule.

domingo, 21 de janeiro de 2018

Soneto, n.329(Para Meire Ellem)

O caminho Inicia
lembrarandAndo Oswald_______ minha terra
hoje 'niversaria com menos palmeiras,
quase Nenhum pau-brasil:

são abricós que os baticuns de Janêro
vão Cururus cantar no troncho Perau
seu lamentê por essa terr'altanÊra
que a samarco enraBichou na febre

A
  M
     A
       R
         EEELAA... ô caeté do capeta,
eu Vi duas mãozInhas
quebRadas que nEm bonecA de lÔça,
guri d'alguÉm que a morte cHamou

pro bucho________ mas deixa estaR, que
ELES TRÊS virão CobraRaaar... com Juros.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Polichinélia, n.2(Para piano, que nem os Choros n.5. À memória de Heitor Villa-Lobos. À Luciana Moraes, Amada. Soneto, n.328)

Amor meu: eu Vi os anjos das ciDades altas,
eles caÍam 'graçadinhos feito semicolcheias
no jazz Andário do meu lado Esquerdo, Tuhú_______
de sol, de Sequóias___________

sou graTo em toDos os Cubos por teus AssÔpros,
teus MundaÚs, teus potes de mel e manGa
que alevantaro da pedra meus eRês
como se todo dia fosse folia de Cazumbas

e o abutre do Prometeu finarAlmente Aprendesse
com quantos paus se faz uma jangAda e voaSse
pra Longe dele ou eu mesmo o Empalava, lampÊro -
como no dia em que desCi de minha Mãe no

Méier_________os anJos tornando às pautas,
jazz Cabinda e Fuzarco, amor meu: graças a Ti.