quarta-feira, 31 de maio de 2017

Soneto, n.248

Tua mansárdia-Cabeça é dália
cujo ele mar jaroba aos cem pés
rosas de areia, e Chama, pras
naveganças: mas teus ouvidos

andesqueceram muletas, abelhas
que não atraem mais luzes
nem fios para teu vestido. O fundo é
largo, campo de neve e o vento À Beça

faz ooooouu... tempestuou pela noite
e não Estás nem ali nem na praia,
ainda que dálias, cabeças, tu mesma,
tudo eram Casas pra nossos ombros_________

mas... teus ouvidos andesqueceram muletas,
e inda ISTO é depois, dela segunda morte.

Soneto, n.247

À sombra de minhi-Alma
é Névoa(se dissipando
mal vem brisando
manhã): refugo e fujo

crepúsculos de alfarrabetos
extintorêneos, Mortírildos -
onde foi pleno o solário
um velho canta a noite nos lábios,

rangendo a quebra do cântaro,
rangendo o copo de prata Entontecido,
rangendo a pá rancando elas flores
de seus castelos ensonharados_________

à Sombra de minhi-Alma choro os Entempos,
foram planícies com vinte sóis Calidêmeros...

Sonatina Bíblica(Soneto, n.246. Ao Hugo Stutz)

Mandrágora: mandinga - famosa
nos orientes como
enche-Bucho, traz-Cria.
Virou fla x flu da Lagoa

pras duas mulheres de Jacó.
Resultê desse esbrégue
anda até hoje Berlíndeo,
folhetinêu caruaru________

a que era fêa conseguiu piroca
do marido que não l'e Amava,
a mais bunita e mais moça
ganhou foi Serúba(de-Nada):

foi Léia quem pôs no mundo
mais Um, pra lista das doze tribos.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Andantino Semplice(Soneto, n.245. Parceria com Luciana Moraes)

Manhã que se entreabre em pétalas,
cada rosácea de nuvens é povoenta cidade 
'rrastando espadas onde a luz Enfresteia:
sombruras fogem, nos troles da noite

Finda. Da janela a esquina em frente nos abre a
hóstia do mundo, com suas máquinas de calcular
e suas dálias gigantes de mil baraços.
A Virgem sopra seus anjíns retchôntchos,

rezamos pelos zé-homens e seus pássaros enjaularados
dentro do peito - carcaça dela barata de óculos 
que sempre mura com chumbo
os braços-árvores Incauteríssimos________

rezemos pelas sementes, se tornem em Mudas -
e todos Sintam que a vida muda - pra Sempre.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Historiânio...(Versão soneto, n.244. Ao amigo Sergio Cohn)

Era uma vez em Condeúba um buteco
feito pra Acabar os homínidas, - mesmo aqueles 
pra quem a vida eram ainda semi-garranchos,
seios mal-amanhecidos.

No largo da carioca brotoejam gravatas de 1 real
dizendo que "demoniões escancararam o Abiiismo!" -
e o bar é qualquer rua agora,
justuramente, praticumbum_________

era uma vez a serpente, e o pano Ornário
que vai Dar na serpente, era uma vez 
meu tio pregando fogo no corredor, e na estante 
Totônio Rodrigues dizendo que era em São José,

desnecessário Avisar: elas rezas
não dão mais de comer às roseiras.