segunda-feira, 24 de abril de 2017

Diadorício(Soneto, n.243)

Madrugançália, dele abrilão vinte e dois.
Jerusalém quéda em chamas à vista
dos helicópteros, cristais retinem Paúra
nos móres lumbres corbélios, plenos

de rodoPios: novelos que as ocarinas Desmaiam
enquanto sol Descabela. E são Locustas
de cinquenta e sete invernérios
na luz da folha em diamantina Imaginada__________

forcas de Entruz, cinzalha anil de brocado,
catiras Roxas a luararem-se em
velas, altares de cento e mais sete
pontes levadiças de eu-ter-Sido__________

os céus canoram kyries de urubus-jereba
num sonho d'Íris, morto a ouro e brasa...

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Prelúdio Trístire(Soneto, n.242)

Morrer é terra vista de marejões Devastados,
receituário arranjarado como se andasse à Bérra
a Finalência dos Tempos, água que não se aprende mais
pela Sede e que não vem no jornalão do senado_________

jaquelirine sepulta é mais buníta que os anjos - 
diz o poeta anguloso no menstrurêncio das madrugadas -
já preverendo eles sóis crestando as fúcsias
no grão-solar Cinzerento do Cosme Velho__________

ninguém mais lembra os ocres brilhos vidrilhos,
quando ela porta dos fundos recebe Orêiro
e comenda - ofício-trem no altar terrestre 
de candelabros que multiplicam as Nuvens:

morrer é renque de Trovoências possíveis, soteriões
de sete notas cirandeadas, Asfálteas.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Coisarandança, n.0(Versão soneto, n.241)

O que o mar e o canavial não aprendem é
que o sobretudo anda com bolsos Trirrôtos,
falente em pássaros, lúrias e cataventos,
chanfalho onde se extinguem as Naus_________

há mais enguias venenosas nos porões do homem 
do que as tevês cantinflam pros mungunzérios,
que tendo ouvidos não Ouvem,
tendo olórios são Cegos.

Do outro lado da praça é Incêndio 
e ninguém lembra que os humildes de espírito 
verão a Deus, são parintins ao Contrário,
jaburus descaintes por toda extensão dele Espaço_________

inadianta anoitecer Rápido - é outra coisa 
que o mar e o canavial Nunca aprendem.

sábado, 8 de abril de 2017

Sobre ela Insônia dos Nós(Versão soneto-estudo. n.240)

Segundo alguns o mundo nasceu dos labirintos
de Antífiles, por culpa de Prometeu:
foi decifrar alfabetos que jaziam mortos
no sono das gigânteas girafas________

foi Mesmo o início da insônia dos Nós,
que desdantão sobem muros
n'alma de tudo e todos, rinocerontes 
no escuréu deles cantos, manhícies

dos Beleléus porvindourosamente! Virão 
que nem carcaraças - bois descendo loucos
o rio Tietê, vidririlhos dos outror' homens
agora gavetas de bocarra Aberta_________

um mesmo anjo 'sgadanhará com os espelhos,
varrerancendo os palantins da Memória.