segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Soneto, n. 212(Desentranhado a partir de original de Catarina Rosa Muirin. Pra Gabriela Saraiva)

Me assento à beira do Estinfálio, e choro:
aves de bronze brotaram todas de Novo,
e todos os hércules do planeta
são estátuas adormecidas em Pedra_______

mas assim mesmo deuses sorriem
quando nos dão os nomes daquilo tudo
que Mataremos depois, até que não se distingua
a luz outrora Nua nas almas,

carapanãs que não mais Reflorescem
depois que os homens demoliram pontes
que davam nos jardins do Hóspede: corpos 
abandonados ao cio das Noites________

e Choro, já não há Quase cidades
onde o exílio ainda seja Possível.

domingo, 20 de novembro de 2016

Soneto, n. 211(Desentranhado a partir de original de Catarina Rosa Muirin. Pra Gabriela Saraiva)

Adormeço com o teu nome que me abrevia
os olhos, monstro a desfraldarar horizontes
e a ferir os séculos sem estadia, corpo
num clamoror de cem lâminas.

Teu nome se afoga na Consuêra dos barcos,
cujas velas vão serpentárias no espaldo de reperguntas
sobre de que Oceano viemos, como crianças  à flor
dum Sopro e tudo é foz de nascituras Falenas,

e de cidades onde as rosas são verdes como os
espelhos, e é por debaixo delas
que sinto pulsar as águas que viram
homem e tubarão se tornarem UM_________

e durmo com teu nome sobre porões,
precipícios onde os deuses Madornam.