sexta-feira, 18 de março de 2016

Soneto, nº 172

Porque me Vi nos teus olhos, quando acordei,
foi mar Alto: anjos Murílios de cara redonda
zanzaram com mil zabumbas vestindo ipês
de todas as cores, saudando um girassolzão

deeeeste tamanho, que ele Van Gogh arranchou
no meio das árvores azuis do céu,
e fui Junto: mundéu me abriu cantarês
de sabiás em festerência Arlequínia______

pianos gigantes cavalgando centauros na cacunda
deste planeta-Navio, qual novo porto
de Sagres, de onde partem galeras 
armadas na direção do mar Alto_____

porque me Vi nos teus olhos, fui Junto,
quando acordei: portorões do Infinito.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Mar Tamanho(Soneto, nº 171. Para Laura Marília)

Flor negra me apareceu agora, descalça  -
no asfalto dos meus espinhos Cabeludos  -
e foram vagas de um mar Tamanho
mundivagante nas madrícias-Áfricas,

e aí toda candonga é bem um hímen a menos
na contramão da vida madra e padrasta:
meus caterés trazem bongôs e rabecas,
madureceram os Coretos.

Ela é tão flor de horizontes olhando os longes
do Mar... seu requebrô é tantra Magício
junto de anjinhos cubistas tocando belerofones,
e num repente me vem o sol por Ogã, ______

amanhecências de maternas Áfricas
me aguarejando os cacaréus, Refloridos.