terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Perégrinum(Versão soneto, nº 158. Para a amiga Gabriela Carvalhal)

Sob as portadas Imensas da grande catedral
me detenho, os sete Rostos armados
da mais sinceríssima Penitência. Eternidade me chama:
qualquer parede ali bafeja murtas de Séculos.

A praça da cidade é a mesma
de antes do tempo das Cruzadas, quando leões e cordeiros
desceram cataprúnzios a europa, todos querentes
dum embate com o dragão da maldade.

Mas hoje o tempo anda nublado e Vênteo,
os aldeões farejam em Mim cavernanças e
mais açoites Maduros, olhos de outono Pleno
em Várzeas que vida-Mara* plantou______

altares de xique-xiques, zabelês-Chorares
planaltos descarrilhados de Infâncias...
(*Mara: palavra hebraica, significa "amargura")

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