domingo, 24 de janeiro de 2016

Descanto do rei Bozó(Soneto, nº 166. À memória de Mário de Andrade, com o pensamento em seu poema "Canto do mal de amor".Pra Emanuela Helena)

Ingés-tremoços de novecentas manhãs
engorduradas por sulfurosas Mortálias
são todo o palavrório escabeche que arrancareis
de meus dentes, empós o quase Naufrágio

testemunhado por frentistas em Botafogo,
quando alta a madrugada andava
e inda mais alto de calibrinas
eu viramundo me Desencontrava,

a carne triste de não ter Quentuço
no quarto Inútil que hoje mal carangueja
um valhacouto desesperançado
não mais dorsal tatuado em Porvires______

furando os ares Desvejo hímens:
em calmarias faz-se a colheita do Sal.

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