sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Cantarolês(Soneto, nº 164. Pra Danielle Ronald de Carvalho)

Sobre esta pedra assentado contemplo
os Longes do mar, seus muros  -
folhas azuis num bamboleio lunário
desque foi-Tempo e os Três dançavam juntos

um kyrie pela futura Memória.
É dia, mas nuvens brincam de guardar o sol 
e eu penso Amarildos que não verão Sepultura,
enquanto árvores se vestem de luto.

Repasso as horas e a poesia em pânico:
uns quês de Quentuço me chegam mornos
dos teus altares, onde iberês cantarolam
todo o Encantário dos teus olhos de-Noite______

daronde a mesa do Hóspede
abraça os pássaros e o fim do Mundo.

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