quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Íris(Soneto, nº 152. À memória de Mário de Sá-Carneiro)

Singro num mar de Outono  -
mastros quebrados, as mãos tão Longe:
que o mar é mais de pântano e várzeas,
e tristerências, maravalhas Cinzas.

Foi sonho de Íris morto a ouro e brasa
as Pérsias que vi fugirem pela janela
do quarto, junto das pedras Raras
um dia as Cores da minh'alma

infante, e bestiais foram os ebós Monstrurosos
quando ela vida apareceu mais Vida_____
olores-Pântano em noites órfãs de Lua,
último acorde ao se partirem os espelhos:

onde é metade de Mim
a casa Velha que inda insisto, e Visto.


Nenhum comentário:

Postar um comentário