segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Soneto, nº 142

Num arremedo de mundo
uns tabaréus catifundos explodem pontes
e plantam abismos com os pés,
dizendo haver limites para o poema_____

são na verdade cascas de gente,
sumos de Não-Pessoas como os fariseus
no tempo do Cristo-homem:
estão na porta do Aprisco, não entram,

e nem permitem quizombárias Entranças
a quem tem fome e sede de Justiça.
Acreditam que só de pão vive o homem,
e que Prometeu mereceu o que teve_____

ou seja, num arremedo de mundo
ninguém mais sonha o mesmo sonho duas vezes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário