sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Soneto de Finados(À memória de Mário de Andrade, soneto nº 136. Pra Gabriela. Pro Francisco K. Saraiva)

Paz a Mário de Andrade no seu osso  -
o Sono livre de sacis e erínias  -
xeréns malungos e tranchãs(*) Florícies,
essa a prece que lhe trago hoje,

‘pós a missa de finados que mandei
rezar, na igreja aqui da geremário
dantas, com direito a solos cósmicos
de trezentos e cinquenta fagotes:

até que os Três extraiam do mundo
a colcha do último crepúsculo
tu darás de comer às roseiras e
de Sonhar a nós, mortais cabrunquícios_____

teu Sono  -  livre de sacis e erínias,
siga em Paz, Mário de Andrade, Amigo.

(*)Tranchãs: palavra usada por minha mãe, quando queria dizer
que algo estava perfeito, e também alguém bem vestido. Imagem de Di Cavalcanti, "Carnaval".

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