sábado, 7 de fevereiro de 2015

Soneto, n° 94

Mundo, por tuas praças Retintas passam mercês
vestidas em quarta-de-cinzas,
manguante num grande Luto
após a morte das flores.

Desandam pontes sobre teus céus
já saturados pelos edifícios,
segue apagada entre os homens
a grande lamparina do Encanto.

Caronte espreita detrás
das panóplias Descaralhadas que teus agentes
debulham, mundo, e nunca mais baroléus
darão Canções da Manhã nas tuas praças Retintas,

despidas de rios, mares, Intermináveis
um dia.

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