terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Soneto, nº 123

Perdi Marina e a esperança
num acidente de ônibus.
Desbruzundós em quebrantos,
antiliras no céu:

tudo que é flor Deflorada,
gravatéu dos infernos.
Então segui, catifundo,
segui vestido de Nada,

pranto a salas Vazias. Noite escassa,
munguba, nenhum carro amassará meu corpo,
encosto todo num poste
meu ombro reles, Nenhum_____

parangolês-Camará, perdi Marina, a esperança
num acidente de ônibus.

(Imagem: Auto-retrato, de Ismael Nery, 1930)

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