sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

"Quatro Interlúdios Cambaios" - (Soneto, nº 117. Interlúdio Cambaio, nº 1)

Céus de urano sem visgo de azulejos Azuis:
o coração numeroso anda em Silêncio
e sem dez olhos a cidade Inteira.
Procuro Rostos, às mãos cheias o que aparece

são restos de galeões digeridos
no fundo-Abismo de catimbós-Oceanos  -
homens sem rosto e sem carne, vitruvianos
dos iguaxins do Capeta.

Nem zabelês nem reizados de caravelas
sobre aguaçais já saturados de Piche,
daronde outubros chuventos dão mais Tamanho
pras Infalentes desgraças já num tombéu Caba-Mundo____

vão galeões digeridos no fundo-Abismo onde Nós:
mais oceanos de guelhés Difuntos.

(Imagens: Antonio Conselheiro)

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