domingo, 1 de fevereiro de 2015

Soneto Inglês, n°30

À beira do antimundo me debruço:
pensando o mundo que talvez Seria
se os homens todos e seus curumins
andassem no chão dos pássaros

e fossem mesmo mais Aves

em vez de estátuas de engrenagem e terno,
gadanhentas de amianto e lágrima,
pluriinimigas da música

e de tudo que lembrasse árvore.

Mas crescem braços-minutos
no rumo onde mais homens sem Rosto
se perdem no sem-retorno do Tempo.

À beira do antimundo um desespero Maduro:

arrulho-Cisne das  pessoas-Aves.

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