quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Soneto Inglês, n° 89

Sentado à beira do mundo
contemplo as casas em fuga.
A tarde cai, pássaros escondem o Rubro
no fim do horizonte.

O braço da primeira estrela
acende a próxima vigília.
Escuto o grito do oceano, chacoalha seu feixe
de mortos, move gáveas Extintas.

Sombras vestem pirâmides,
guardam a esfinge sem rosto,
e também marílias, alferes____
sussurros de Vila Rica

nos olhos do poeta futuro,
sentado à beira do mundo.
(Imagem: Bestiaire et musique, de Chagall)

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