terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Soneto Inglês, n° 64 (Pra amiga Emanuela Helena)

Mundo-Caim, quéde Amarildo? - 
 perguntam os Três enquanto o resto dos homens
 imola as últimas árvores, não vendo
 o tiro no pé, nem as bocas do inferno

com seus mortos num Quizumbró -

lembrança Amarga de um mundo
que deixa os homens sem  Rosto
antes da mão do Carrasco.

Na mesa Antiga de pedra secaram

os braços de Mar, dragões dinamitaram terraços -
levavam ao coração do Hóspede - hoje as palavras
estão na boca das armas, são cais desertos

o que ainda gritam os altares. O mais: barrício
de erês-Culturas  Jacintas.
(Imagem: Enterro, de Portinari)

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