segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Petrékio (Soneto, nº 62. À memória de Antonio Petrek, pintor paranaense)

Cidade dos homens: vi as horas 
andarem ruas inteiras
querendo aboio dos pássaros,
atrás de espelhos  -  Mistério.

Nuvens cambonam raios,

falam trovões sobre os ouvidos
já fartos de politices,
desabam tardes sobre edifícios

e sobre os carros  despidos

de seus cavalos. Vi centauros e peixes
apagando o sol, deixando a sala 
 (em silêncio), a própria música

dormir no fundo dos Mares,

na cidade dos homens.

(Imagem: pintura de floresta, à noite)

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