segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Manhã (Versão soneto inglês, nº 52)

Tons de rubro descem a copa das árvores,
alguém sopra as últimas estrelas:
manhã se veste de azul, 
primeiros pássaros: Oboés.

No céu por cima da gente

poucas nuvens andam de bicicleta,
trombones hoje de folga. Girassóis
retomam a dança interrompida.

Um último anjo noturno

recolhe as asas, boceja: vento responde
nas folhas, a linha do horizonte
abraça a vida que inda não Sabes.

Olho teu corpo dormindo, sorrio:

tempo de semear pianos pelos jardins.

(Imagem: Descanso em meu jardim, de Eliseu Visconti)

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