terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Elegíada (Soneto, n° 103. À memória de Mário de Sá-Carneiro, e de Murilo Mendes)

Porque me vi Labirinto
findaram cores, Infâncias.
Entre dois goles de asfalto marulham
NÃOS, mãos adultas da grande insônia  -

ela a morte  -  num desenhê Catimbreu
dos corvos-anjos do Abismo, 
e como a tantos antes de mim me chamavam
homem____ mas o horizonte à galope

correu com meus cererês
e me vi Nu vestindo ternos de bronze
quando a memória das flores
fugiu dos olhos de Todos, batendo a porta_____

tentei trombones e sóis num Grito:
mas só me ouviram as palavras.

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