quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Elegia (Soneto Inglês, n° 90. À memória de Mário de Sá-Carneiro. Pra querida amiga Catarina Rosa Muirin)

Luar
sobre querências Idas,
pontes sem fim de Abísmicas, paúra
de me saber desespelhos

onde os aléns Partidos... de Tenebruras
mais confins à salas Vazias como em Laguna
a retirada Triste... os cabró preto foi Tudo
beijar Caronte nos quintos.

Heráldico de Mim
sou fervuras de mais bronzes-Ânsia,
viramãs longitudes, as náuseas
descalçam Verbos de meus arrêstos de Fuga___

portões sobre congás-Crepúsculos...
tão mais de Ferro!

(Imagem: Pintura de Julio Pomar, "Lusitânia
no Bairro Latino"  -  retratos de Mário de Sá-Carneiro, Santa-Rita Pintor, e Amadeo de Souza
Cardoso)

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