terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Cinzário(Soneto Inglês, nº 84. Desentranhado a partir de original de Catarina Rosa Muirin. Para a amiga Flavia Martins)

Tarde ancora seus traques: sobre a Memória.
A música do espaço anoitece antes, e
gárgulas  do que não-Fui destilam gritos
sobre escadas que sobem sempre sem réstia

ou mais ebós de Chegança, e tudo é sopro

de lugares  Nenhuns correndo pelas aléias
qual monstrurosos  caporas. Chuvas chegaram
Não  pra desbotar o Cinzário  nos costerões

do meu sono, candongo a portas Trancadas.

Por isso a forja da Espera  tem mais candós
que os braços-Árvores  dela esperança,
seus verdes há muito postos  em Bruma____

setenta rostos olham do espelho, ridentes:

gárgulas de escadarismos  Defuntos.
(Imagem: Marc Chagall)

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