terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Aruanda (Soneto, nº 110)

Sol descamba no céu:
traz um crepúsculo pro Alemão,
onde as crianças dormem pela primeira vez
em cento e vinte anos de república.

Adiante no Vidigal:
um vaso rosa no muro mais alto,
ainda à espera
dos girassóis de Setembro. Pelas vielas

a gira das assembléias  -
pretos velhos sacodem pombas
à espera da moça de guarda-chuva
que anda entre as palmeiras do Império____

futura estrada onde os cavalos do Hóspede
enfim bantós de Aruanda.

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