sábado, 14 de fevereiro de 2015

Aruã (Versão soneto, nº 121. À memória dos passarins da cidade de São Paulo)

Nos guaribuns de São Paulo
os pássaros: Fora. Desque faz-Muito
no calamar Ingranzéu
das vestes rotas do tempo____

porque homens mortos prosseguem num Desandó,
com seus ternos de chumbo, guarda-chuvas
de bronze, parindo filhos sem Asas
prum mundo corno Absurdo.

Uns angerês Catifundos
me dançam nas janelências
farfaréu do Tinhoso, ebós manducos*
de ter conserto mais Nunca_____

desque faz-Muito nas Rotas vestes do tempo
os pássaros: Fora, dos guaribuns de São Paulo.

*(Manduco: trazente, que traz algo)
(Imagem: O Café, de Portinari)

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